Exército de São Miguel do Oeste receberá novo tanque de guerra

27/09/2019 - 11h09

O 14º Regimento de Cavalaria Mecanizada de São Miguel do Oeste se prepara para receber o blindado VBTP-ME, RD Guarani. A máquina deve chegar em março de 2020 por intermédio do Programa Estratégico Guarani. Será a primeira unidade a receber no Estado de Santa Catarina.

O blindado é capaz de transportar até 11 militares, incluindo o comandante do carro, o atirador e o motorista, em ambiente climatizado. Possui ainda capacidade anfíbia, com dois propulsores de hélices responsáveis pela operação em meio aquático.

A viatura tem 6,91 metros de comprimento, 2,70 metros de largura e 2,34 metros de altura. Seu peso bruto total é de 18 toneladas, tração 6×6 e os dois eixos da frente são esterçáveis, mitigando restrições de arrasto nas rodas, otimizando a distribuição de peso e reduzindo o raio de giro.

“Esse blindado vai trazer uma grande modernidade para a nossa instituição. Ele tem um sistema de comunicação muito avançado, assim como um sistema de armamento”, disse o Coronel Carlos Alberto Vaz, Comandante do 14º RC MEC.

A máquina conta, ainda, com transmissão automática de seis velocidades à frente, desenvolvendo 90 km/ de velocidade máxima. Além do diesel, o motor do blindado também opera com querosene de aviação ou combinação de ambos em qualquer proporção.

Possui sistema automático de extinção e detecção de incêndio, capacidade de operação noturna, posicionamento global por satélite (GPS) e um sistema de mira laser que, quando ativo, comanda automaticamente a torre do canhão, alinhando-a na direção do alvo.

“Será um salto de qualidade, em termo de material de emprego militar do nosso regimento. Nosso quartel vai passar por uma revitalização total com a chegada do Guarani. Nossa tropa vai ter uma eficiência muito maior, pois, é um blindado novo, de última geração, que tem características”, comentou Coronel Vaz.

Armamento

De acordo com a Iveco, fabricante do blindado com sede em Sete Lagoas/MG, foram definidas três configurações possíveis para o sistema de armas: a torre para canhão automático de 30 mm, o reparo de metralhadora automatizado e a torreta para a estação de armas de acionamento manual. Os dois primeiros são operados remotamente no interior do veículo e possuem plataforma estabilizada com sistema computadorizado de auxílio ao tiro.

“Em todos os tipos de operações militares, seja na defesa da pátria, na faixa de fronteira, garantia da lei da ordem nós vamos contar com um equipamento de última geração que vai ser muito útil e eficaz para a nossa unidade”, finalizou Coronel Vaz.

Tempo de fabricação

O tempo de fabricação da VBTP-MR Guarani é de 2.500 horas, sendo 1.500 horas de soldagem. Para efeito de comparação, um caminhão convencional consome 100 horas.


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  • Jornal Regional



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