As últimas comarcas a receberem os equipamentos e o
treinamento para utilização das câmeras individuais foram São Miguel do Oeste e
Chapecó. A primeira regional recebeu 102 kits e para a segunda foram 212. Com o
término das capacitações, todos os 2.425 equipamentos estão em uso no Estado.
As câmeras foram adquiridas através de parceria com o Tribunal de Justiça de
Santa Catarina que disponibilizou R$ 6,4 milhões para o projeto. O recurso é
oriundo do pagamento de penas convertidas em multas e fianças.
As capacitações
foram ministradas pelo capitão da Polícia Militar de Santa Catarina, Rafael
Rossi, aos comandantes de batalhões. Eles tiveram prazo de 10 dias para replicar
as informações à toda tropa. A média é de uma câmera para cada viatura. A
gravação inicia automaticamente quando a ocorrência é gerada, mas também pode
ser acionada manualmente.
"Com
estes equipamentos teremos uma maior profissionalização no atendimento de
ocorrências. O abordado é alertado da gravação, por isso reage com outra
postura. Dessa maneira, a abordagem requer menos uso de força. Além disso, as
imagens podem ser utilizadas como provas e em audiências de custódia, sempre
que o Poder Judiciário entender necessário", ressalta o capitão.
Recentemente, a agressão a um policial militar durante uma abordagem foi
flagrada pelas câmeras individuais, em Jaraguá do Sul, no norte do Estado. As
imagens servirão como provas no processo.
Todas as
gravações são automaticamente arquivadas em um equipamento, também adquirido
através da parceria com TJSC, chamado "Doca". As imagens podem ser
acessadas pela internet por meio de um site interno da PMSC. O sistema de
computador interliga todos os batalhões e separa os arquivos por tipo de
ocorrência, o que facilita a busca por imagens específicas. A gravação também
pode ser acompanhada em tempo real.
A
câmera pesa 150 gramas e mede oito centímetros de altura por cinco centímetros
de largura e dois centímetros de profundidade. A roupa utilizada pelos
policiais será adaptada para que a câmera fique adequadamente instalada.
Enquanto isso, uma espécie de prendedor garante o uso sem prejuízos à
funcionalidade do equipamento e ao trabalho do policial.
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