O painel “As
grandes tarefas de Santa Catarina”, reuniu os presidentes dos Poderes do
Estado, instigados pelo presidente da Federação Catarinense de Municípios
(FECAM), Joares Ponticelli a discorrerem sobre o que se construiu até então e
os caminhos a serem percorridos nos próximos anos. O encontro aconteceu no
segundo dia do Congresso de Prefeitos, evento promovido pela FECAM voltado para
gestores públicos municipais.
No palco com
Ponticelli, participaram o governador do Estado de Santa Catarina, Carlos
Moisés; o presidente da Assembleia Legislativa (ALESC), Júlio Garcia; o
presidente do Tribunal de Contas de Santa Catarina (TCE/SC), Adircélio de
Moraes Ferreira Júnior e, representando o presidente do Ministério Público
estadual (MP/SC), o procurador de Justiça Davi do Espírito Santo.
Ponticelli abriu as
falas afirmando que o objetivo da FECAM é aproximar-se cada vez mais os poderes
e às instituições para que os municípios possam encaminhar e resolver suas
demandas. “A construção de uma relação cada vez mais saudável e republicana é
necessária para que possamos fortalecer o mais concreto de todos os entes, que
é os municípios, onde está o nosso endereço”, declarou. O tom dos outros
integrantes seguiu a mesma linha, de que a união e o entendimento e ações
conjuntas entre estado, instituições e municípios é o melhor caminho para a boa
administração da gestão pública.
O governador Carlos
Moisés fez uma apresentação sobre as ações de sua gestão que refletem
diretamente nos municípios catarinenses, como as economias geradas com a
Reforma Administrativa e o compromisso de honrar dívidas. Ele também destacou a
criação da Central de Atendimento aos Municípios (CAM), um canal de comunicação
direta entre municípios e o Governo do Estado.
O presidente da
ALESC, Júlio Garcia, foi enfático ao dizer que um novo Pacto Federativo é
urgente para delimitar com exatidão quais são as competências da União, dos
Estados e dos municípios e que isso deve ser feito, prioritariamente, antes da
Reforma Tributária. “Hoje há 29 ações superpostas entre União e Estados, e
outras 12 competências triplas, incluindo os municípios. Isso deve acabar”,
pontuou.
O presidente do
Tribunal de Contas de Santa Catarina, Adircélio Moraes Ferreira Júnior, exaltou
a mudança de mentalidade da instituição nos últimos anos para a eficiência e o
alcance de resultados em detrimento da cultura do formalismo e burocracia. “O
TCE/SC exerce três papéis importantes: o de punir os maus gestores públicos, o
de função protetiva da governança e das políticas públicas e o
pedagógico-orientativo, para fomentar boas práticas administrativas”.
O promotor público
Davi Espírito Santo, representando o Ministério Público de Santa Catarina,
disse que o órgão tem o compromisso ajudar a preservar a saúde fiscal dos
municípios em ações como o combate à sonegação fiscal. “Os órgãos devem pensar
em conjunto, ações interinstitucionais e a integração entre os poderes são a
solução para a eficiência do Estado”, observou.
“Fizemos essa
experiência em Tubarão e foi extremamente exitosa. Comprar no comércio local
fomenta aquele que é o grande gerador de emprego e renda, mantém o tributo e os
empregos no local e aquece a economia. É um processo de muitos ganhos”,
comemorou Ponticelli. O Tribunal de Contas agora deverá firmar entendimento
interno e orientar os municípios para o cumprimento da lei que já tem mais de
uma década.
DEIXE UM COMENTÁRIO
Facebook