A Promotoria de
Justiça de Defesa do Meio Ambiente de Porto Alegre encaminhou, nesta
quarta-feira (14), um pedido para que o governo avalie a possibilidade de
restrição do uso do inseticida Fipronil, na modalidade foliar. O agrotóxico é
responsável pela mortandade de milhões de
abelhas no estado este ano.
O Ministério Público pediu a suspensão provisória do registro do produto
no Cadastro Estadual de Registro de Agrotóxicos. O ofício foi encaminhado à
Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) e às Secretarias da
Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, e de Meio Ambiente e
Infraestrutura.
Um inquérito civil apurou que em torno de 400 milhões de abelhas
morreram no Rio Grande do Sul entre outubro do ano passado e março deste ano,
conforme coletas feitas em 32 municípios gaúchos. De acordo com o promotor de
Justiça Alexandre Saltz, o MP propôs que as empresas produtoras do inseticida
suspendessem voluntariamente a comercialização da modalidade foliar do produto.
Somente duas acataram a solicitação.
"Duas das maiores produtoras reconhecem, especificamente pela
mortandade de abelhas, os danos que a versão foliar do Fipronil
representa", destaca o promotor no pedido de suspensão. "Impõe-se
avançar na limitação da sua comercialização e uso, especialmente às vésperas do
início da safra", ressaltou.
No pedido, o MP lembra que há outras formas de uso do inseticida em
questão, além de outros princípios ativos com finalidade idêntica que não
apresentam risco à produção agrícola.
A Secretaria do Meio Ambiente informou que irá se reunir com as demais
pastas para, juntas, avaliarem a restrição do Fipronil, na modalidade foliar.
Após o encontro, irá se manifestar de forma oficial.
DEIXE UM COMENTÁRIO
Facebook