Biden convida Bolsonaro para cúpula virtual sobre o clima

27/03/2021 - 17h07

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, convidou, na sexta (26), o presidente Jair Bolsonaro e outros 39 líderes mundiais a participarem de uma reunião sobre clima. A chamada “Cúpula dos Líderes sobre o Clima” será nos dias 22 e 23 de abril e ocorrerá on-line, com transmissão ao vivo.

A intenção é que o evento seja uma preparação para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, a COP26, prevista para acontecer de 1º a 12 de novembro em Glasgow, na Escócia.

O convite foi oficializado em uma publicação na página da Casa Branca. Outros convidados incluem a chanceler Angela Merkel, da Alemanha, e o presidente francês, Emmanuel Macron. Bolsonaro trocou críticas com ambos em 2019 sobre a Amazônia.

Entre os possíveis participantes estarão os membros do Fórum das Grandes Economias sobre Energia e Clima, que inclui 17 países responsáveis por aproximadamente 80% das emissões globais de gases estufa e do PIB global. O Brasil faz parte dessa lista (veja todos os integrantes ao final desta reportagem).

Também foi convidada para o encontro a primeira-ministra da Noruega, Erna Solberg, que, junto com Merkel e Macron, recebeu, em janeiro, um pedido de ajuda de 9 ex-ministros do Meio Ambiente brasileiros para a floresta. No texto, escrito pouco depois do colapso do sistema de saúde em Manaus, os ex-ministros disseram que a “Amazônia brasileira está sendo devastada neste momento por dupla calamidade pública, ambiental e de saúde”.

No evento de abril, os Estados Unidos vão anunciar a meta americana de emissões de gases estufa até 2030. O intuito das metas de emissões é que cada país determine o seu objetivo nacional de modo a evitar que a temperatura do planeta aumente mais que 1,5ºC em relação aos níveis pré-industriais.

Manter o aquecimento global abaixo de 1,5ºC é uma das metas estabelecidas no Acordo de Paris. Em novembro, o ex-presidente americano Donald Trump oficializou a saída dos EUA do acordo – que já havia sido anunciada por ele três anos antes.

Em janeiro, ao assumir a presidência, Biden assinou um ato executivo que colocou os Estados Unidos outra vez no acordo.

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  • Jornal Regional



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