O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden,
convidou, na sexta (26), o presidente Jair Bolsonaro e outros 39 líderes
mundiais a participarem de uma reunião sobre clima. A chamada “Cúpula dos
Líderes sobre o Clima” será nos dias 22 e 23 de abril e ocorrerá on-line, com
transmissão ao vivo.
A intenção é que o
evento seja uma preparação para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança
do Clima, a COP26, prevista para acontecer de 1º a 12 de
novembro em Glasgow, na Escócia.
O convite foi
oficializado em uma publicação na página da Casa Branca. Outros convidados
incluem a chanceler Angela Merkel, da Alemanha, e o presidente
francês, Emmanuel Macron. Bolsonaro trocou críticas com ambos em
2019 sobre a Amazônia.
Entre os possíveis
participantes estarão os membros do Fórum das Grandes Economias sobre Energia e
Clima, que inclui 17 países responsáveis por aproximadamente 80% das emissões
globais de gases estufa e do PIB global. O Brasil faz parte dessa lista (veja
todos os integrantes ao final desta reportagem).
Também foi convidada
para o encontro a primeira-ministra da Noruega, Erna Solberg, que, junto com
Merkel e Macron, recebeu, em janeiro, um pedido de ajuda de 9 ex-ministros do
Meio Ambiente brasileiros para a floresta. No texto, escrito pouco depois do
colapso do sistema de saúde em Manaus, os ex-ministros disseram que a “Amazônia
brasileira está sendo devastada neste momento por dupla calamidade pública,
ambiental e de saúde”.
No evento de abril, os
Estados Unidos vão anunciar a meta americana de emissões de gases estufa até
2030. O intuito das metas de emissões é que cada país determine o seu objetivo
nacional de modo a evitar que a temperatura do planeta aumente mais que 1,5ºC
em relação aos níveis pré-industriais.
Manter o aquecimento
global abaixo de 1,5ºC é uma das metas estabelecidas no Acordo de Paris. Em
novembro, o ex-presidente americano Donald Trump oficializou a saída dos EUA do
acordo – que já havia sido anunciada por ele três anos antes.
Em janeiro, ao assumir
a presidência, Biden assinou um ato executivo que colocou os Estados Unidos
outra vez no acordo.
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