Por Sergio Wathier
JRTV/São Miguel do Oeste

TIME ESBANJOU SAÚDE

Vários torcedores, logo após a derrota em Descanso, questionaram o rendimento do time. Alguns inclusive falaram que se era pra apresentar um futebol tão pífio, o Guarani não precisa de treinos. Jogadores e comissão técnica ouviram calados. Em vez de rebater, optaram por trabalhar mais ainda no decorrer da semana. Até poruqê depois de um 5 a 1 resta pouca coisa a ser dita. No vestiário bugrino, a palavra que mais se ouvia era "reabilitação". 

E veio o clássico contra o Ypiranga. Um timaço, com jogadores de muita qualidade. Beluzzo, por exemplo, já rodou por vários clubes profissionais do país, entre esses o Juventude (RS), Guarani (SP), Brusque (SC) e Coritiba (PR). E o auriverde cedrense não decepcionou seu torcedor. Fez o que pode. Em boa parte da partida jogou e não deixou o adversário jogar. E é aí que entra o mérito do Guarani. Ou seja, não desistiu jamais. E o preparo físico fez a diferença. Enquanto os cedrenses demonstravam visível cansaço, os bugrinos esbanjavam saúde. 

LANCES POLÊMICOS

Três lances importantes do clássico deste domingo, no estádio Padre Aurélio Canzi, geraram polêmica. No primeiro, aos 12min da etapa final, não restou dúvidas em relação ao acerto da arbitragem. Virgolino, que se caracteriza mais pela virilidade do que pela qualidade técnica, foi driblado e derrubou Cesar, que avançava em direção área. Lance passível de cartão amarelo.Como o lateral já estava com um amarelo, acabou expulso. O prejuízo foi grande. Inclusive acho que por precaução o técnico Odir deveria ter retirado Virgolino, porque sua expulsão era previsível. 

O segundo lance polêmico ocorreu aos 39min do segundo tempo. Alisson puxou o contra-ataque, entrou na área e caiu. Jogadores, comissão técnica e torcedores do Ypiranga reclamaram pênalti. O árbitro nada marcou. E o lance capital, que influenciou diretamente no resultado, aconteceu aos 49min. Bruninho alçou a bola em direção a marca do pênalti. Edi, que se infiltrava entre os zagueiros, caiu. O árbitro perto do lance assinalou penalidade máxima. Edi pediu pra bater. O goleiro Silva até que fez sua parte, defendendo a cobrança, mas no rebote o próprio Edi mandou pro fundo da rede, anotando o gol da vitória bugrina.

NECESSIDADES URGENTES

A sofrida vitória obtida na bacia da almas, tem que ser comemorada. Mas que o triunfo não sirva pra encobrir as carências da equipe, que ficaram mais do que evidentes. O Guarani se ressente de um meia articulador canhoto e de um centroavante de presença na área. Cesar, principalmente nos dois últimos jogos, não correspondeu. O Bugre precisa de um articulador, que pise na bola e pense a jogada. E que encoste no centroavante. E Fernando, mostrou ontem que se dá melhor quando vem de tras com bola dominada do que quando fica fincado entre dois zagueiros. Outra posição que precisa ser repensada é o goleiro. Fábio foi muito irregular. 

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