Volnei Silva – Médico Pediatra
Desde o dia 31 de dezembro de 2019, quando os primeiros
casos da doença causada pelo SARS- VoV-2 (Coronavírus da Síndrome Respiratória
Aguda Grave 2) começaram a aparecer na China, o mundo vem observando a
disseminação até o ponto da Organização Mundial de Saúde (OMS) reconhecer uma
situação de pandemia. No momento, muitas dúvidas têm sido levantadas a respeito
das infecções causadas pelo vírus, em especial da faixa etária pediátrica.
Os coronavírus são reconhecidos pela sua capacidade de
rápida mutação e recombinação, levando a novos coronavírus que se disseminam de
animais para seres humanos. Os quatro coronavírus habitualmente presentes nos
seres humanos, são encontrados em 4-6% de crianças hospitalizadas,
principalmente crianças abaixo de três anos e crianças com doenças cardíacas.
Podem causar infecções com outros vírus respiratórios.
Cuidados para evitar a transmissão hospitalar
Uma preocupação importante nos cuidados de crianças portadoras de vírus é a redução do risco de transmissão hospitalar. Dessa forma, enfatiza-se a importância de:
- uso de equipamentos de proteção individual (EPI) adequados (gorros, máscaras N95, luvas descartáveis, protetores oculares e/ ou faciais);
- isolamento e quarentena de indivíduos com história de febre, sintomas respiratórios e história de contato com pessoas doentes;
- internação em quartos com isolamento respiratório e pressão negativa;
- uso de aspiradores e ventilação mecânica com sistema de circuito fechado e filtros virais;
- e, se necessário, utilizar nebulização ou ventilação não invasiva (não utilizar isso em enfermarias abertas).
Todos esses cuidados são adotados no Hospital Regional Terezinha Gaio Basso de São Miguel do Oeste.
Mães com coronavírus
podem amamentar?
O Departamento Científico de Aleitamento Materno (DCAM) da
Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) emitiu um comunicado, direcionado aos
pediatras brasileiros, sobre amamentação e o coronavírus (SARS-Cov-19). Neste
documento, o DCAM se posicionou como favorável à amamentação em mães portadoras
da doença, caso este seja o desejo delas.
Isso por que os principais artigos publicados sobre o tema indicam que os benefícios da amamentação são superiores aos riscos de transmissão do novo vírus, assim como ocorre em diversas outras viroses. Até o momento, não se sabe se as mães portadoras da doença podem transmitir o vírus através do aleitamento materno.
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- FONTE
- Hospital Regional Terezinha Gaio Basso de São Miguel do Oeste | Volnei Silva – Médico CRM 1817- Pediatra – RQE 10330 | Diretora técnica - Katia Bugs – médica - CRM 10375 – Nefrologista - RQE 5333
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