Foto: Divulgação / IGP
O Instituto Geral
de Perícias de Santa Catarina (IGP) acaba de celebrar convênio com a Secretaria
Nacional de Políticas Sobre Drogas (Senad), do Ministério da Justiça e
Segurança Pública, no valor de R$ 3.428.056,14, para aquisição de equipamentos
a serem utilizados na identificação e detecção de drogas e substâncias
psicoativas. Além de representar um reforço importante no trabalho desempenhado
pelas equipes de Análises Forenses, que contarão como novas tecnologias, o
convênio apresenta dois fatos inéditos na história do IGP: é o maior já firmado
pelo órgão, em volume de recursos, e o primeiro estabelecido em âmbito federal
sem a interveniência da Secretaria de Segurança Pública.
O perito-geral
Giovani Eduardo Adriano destaca a participação fundamental do governador Carlos
Moisés em mais essa conquista inédita na história do IGP, que se torna
realidade graças à autonomia orçamentária, financeira e patrimonial concedida
nessa gestão. Giovani Adriano afirma que agora o Instituto pode desempenhar com
mais eficiência o relevante papel que exerce junto aos cidadãos catarinenses,
enquanto Órgão de Perícia Oficial do Estado.
“Desde o ano
passado o IGP passou a eleger suas prioridades na aplicação dos recursos
públicos disponíveis, permitindo a aquisição de novos equipamentos operacionais
e de segurança, além da manutenção dos estoques de insumos. O convênio com a
SENAD vem consolidar essa nova realidade, já que é o primeiro instrumento
firmado pelo Instituto de forma autônoma, sem a interveniência da Secretaria de
Segurança Pública (SSP)”, destaca o perito-geral, que enalteceu a atuação
impecável da equipe do IGP envolvida no processo.
Novas tecnologias na identificação e detecção de drogas
Além de consolidar
ainda mais a autonomia do Instituto de Perícia, que pela primeira vez conduz
todo o processo de formalização de um convênio federal de forma independente, o
instrumento firmado com a Senad viabilizará a compra de novas tecnologias que
trarão avanços significativos nos trabalhos desenvolvidos pelo Instituto de
Análises Forenses do IGP.
De acordo com a
diretora de Análises Forenses, Sandra Regina Rachadel Torres, os recursos são
para a aquisição de quatro equipamentos de infravermelho FTIR, para instalação
nos setores de química forense em Florianópolis, Joinville, Chapecó e Criciúma.
Os equipamentos reforçarão os trabalhos de identificação de drogas de abuso,
novas substâncias psicoativas, além de outras substâncias em material bruto.
Também será
adquirido um Sistema de Cromatografia Líquida com detector triplo quadrupolo,
para identificar novas drogas sintéticas em material bruto e biológico,
destinado ao setor de toxicologia forense. O equipamento executa análises
inovadoras, mais assertivas e céleres, contribuindo com a elucidação de crimes
relacionados a tais substâncias.
“São tecnologias
ainda não disponíveis em nossos laboratórios, que se somam a nossa gama de
ferramentas científicas disponíveis para o combate ao crime. As vantagens são
inúmeras, entre elas, a identificação inequívoca de substâncias psicotrópicas e
entorpecentes, um desafio cada vez maior, principalmente, com o surgimento de
novas moléculas, por isso, a necessidade do uso de técnicas complementares”,
explica.
A coordenadora
Estadual de Análises Forenses, Kelly Ribas Lobato, destaca que o
Espectrofotômetro de Infravermelho por Transformada de Fourier (FTIR) pode
substituir outras análises mais morosas e dispendiosas utilizadas na análise
das drogas clássicas. Já o Sistema de Cromatografia Líquida facilitará o processo
de identificação e quantificação de novas substâncias em material biológico.
“Surgem cada vez
mais novas drogas que são utilizadas como psicoestimulantes, drogas
recreacionais e facilitadoras de crimes como estupro e roubo. Esses
equipamentos serão fundamentais na determinação da causa mortis em casos de
overdose, além da identificação do uso destas substâncias por vítimas
envolvidas em acidentes de trânsito, homicídios, suicídios, violência sexual,
casos de "boa-noite-cinderela", afogamentos, mortes suspeitas, entre
outros”, disse.
Apoio do Executivo e comprometimento dos servidores
O gerente de
Fundos, Convênios e Recursos do IGP, Jackson Bazzi, explica que a ação
histórica é resultado da soma de alguns requisitos fundamentais: o
reconhecimento da autonomia do IGP no tocante às finanças (Lei Complementar n.
741/2019); a delegação de competência ao perito-geral para firmar convênios
(Decreto n. 348/2019); a criação do Fundo de Melhoria da Perícia Oficial –
FUMPOF (Lei n. 17.804/2019), que garante o custeio do órgão; e o
comprometimento da equipe de servidores em prestar melhores serviços para os
cidadãos catarinenses.
“É importante
destacar a visão gerencial do perito-geral Giovani Eduardo Adriano, que conduz
de forma competente o Instituto, além do apoio incondicional do governador
Carlos Moisés da Silva, que abriu os caminhos necessários para se chegar até
aqui. O convênio firmado sem a interveniência da SSP é um marco muito
importante para a Perícia Catarinense”, reforça.
O ineditismo do
processo movimentou a rotina dos servidores do IGP durante a formalização do
convênio, que antes passava pelo crivo da Secretaria de Segurança Pública. A
auxiliar criminalística da Coordenação de Projetos e Captação de Recursos, Ana
Rubia R. Fritsche Zanella, conta que foram muitos documentos e diligências,
entre justificativas, relatórios e declarações exigidas para comprovar regularidade
à concedente. Ana Rúbia ressalta ainda que a independência conquistada pelo
instituto garantiu mais celeridade no atendimento das exigências.
“Conseguirmos
atender a todos os requisitos estabelecidos nas legislações pertinentes, dentro
dos curtos prazos estabelecidos. Isso reflete a força do IGP e o empenho dos
servidores envolvidos. Me senti muito feliz por abrirmos esse caminho e torço
para que seja cada vez mais frequente o investimento de recursos diretamente à
Perícia Catarinense”, conclui.
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