Papa Francisco corta salários de cardeais em 10%

24/03/2021 - 18h40

A medida foi tomada em função do agravamento da crise econômica na Santa Sé, espécie de “governo” da Igreja, provocado pela pandemia do novo coronavírus.

No decreto, Jorge Bergoglio afirma que os custos com pessoal constituem uma “despesa relevante” nos orçamentos da Santa Sé e do Vaticano e que a redução dos salários tem como objetivo “proteger os atuais postos de trabalho”.

“Um futuro sustentável economicamente exige hoje, entre outras decisões, a adoção de medidas em relação à retribuição dos funcionários”, diz o decreto. Além do corte de 10% nos vencimentos dos cardeais, o Vaticano vai reduzir em 8% os salários de chefes e secretários de dicastérios.

Há clérigos e membros de institutos de vida consagrada ou de sociedades de vida apostólica, além de outros funcionários religiosos da Santa Sé e do Vaticano, sofrerão um corte de 3%. A medida entra em vigor a partir de 1º de abril de 2021.

Segundo o Vaticano, estarão isentos da redução aqueles que comprovarem a impossibilidade de arcar com gastos de saúde próprios ou de parentes de até segundo grau. O decreto do Papa também suspende a concessão de bônus de idade entre 1º de abril de 2021 e 31 de março de 2023.

A previsão orçamentária da Santa Sé para este ano, assinada por Francisco em fevereiro, projeta um déficit de 49,7 milhões de euros. O governo da Igreja já opera no vermelho há vários anos e teve resultado negativo de 11 milhões de euros em 2019 – os números consolidados de 2020 ainda não foram divulgados.

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  • Jornal Regional



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