FOTO Jonathan Nackstrand/Reuters
O meia da seleção dinamarquesa, Christian Eriksen, está
consciente no hospital, segundo autoridades do futebol, após um mal súbito
durante o jogo do seu time contra a Finlândia, pela Eurocopa de 2020, neste
sábado (12), e de ter recebido massagens cardíacas dentro do gramado do Estádio
Parken, em Copenhague.
O colapso que Eriksen provavelmente foi gerado por uma arritmia cardíaca. “O caso de Eriken possivelmente foi uma arritmia, problema estrutural no coração ou alguma doença cardíaca mais grave”, diz Cesar Buchalla, médico especialista em clínica médica, plantonista de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e diretor técnico do Hospital Dom Alvarenga.
Demora no socorro pode levar à morte
Para o médico João Vicente, cardiologista do Hospital Sírio
Libanês, a equipe médica demorou muito para atender o atleta e isso poderia
gerar sérias consequências a ele.
“Quando ocorre uma queda súbita como foi o caso do atleta, a
equipe deve agir rápido. Quem identificou que alguma coisa não ia bem com ele
foi o público, depois os jogadores e por último os médicos ou paramédicos. Além
disso, a equipe precisa correr já com o equipamento de ressuscitação em mãos”,
alerta o cardiologista.
Outro ponto que causou estranheza em Vicente foi o fato de os
médicos demorarem para virar o atleta que estava de bruços. “Eles tinham de
virá-lo para cima, checar os sinais vitais, ver se o Eriksen estava
inconsciente e iniciar as manobras de ressuscitação e o desfibrilador”, comenta
Vicente.
Como evitar o mal súbito?
Os dois médicos afirmam que a melhor forma de evitar o mal
súbito é fazer exames preventivos. Entre eles, estão: teste cardiopulmonar,
ecocardiograma com doppler e holter, além de exames laboratoriais para
descartas problemas como tireoide, por exemplo.
Tanto Buchalla quanto Vicente destacam que quem tem doenças
cardiacas preexistente e é atleta de alta performance, como é o caso do jogador
Christian Eriksen, devem fazer acompanhamento periódico com um cardiologista e
realizar esses exames pelo menos uma vez por ano.
Doenças hereditárias podem influenciar no aparecimento de
problemas cardíacos. Outros motivos que podem contribuir são: tabagismo,
sedentarismo, sobrepeso e obesidade, apneia do sono, exageros na ingestão de
bebidas alcoólicas, distúrbios de tireoide, hipertensão, diabetes
estresse.
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