Vitória sobre o Paraguai consolida liderança brasileira Foto: Lucas Figueiredo/CBF
Por Sergio
Wathier
JRTV/São Miguel do Oeste
Pelas eliminatórias
à Copa do Mundo de 2022, o Brasil derrotou o Paraguai, em pleno Defensores Del
Chacho, por 2 a 0. Foi uma vitória com autoridade. Com o resultado, os
brasileiros dão fim a um jejum que já durava 36 anos. Desde 1985 que o Brasil
não vencia o adversário em território inimigo. Os paraguaios, tanto nas
eliminatórias como na Copa América, sempre deram muito trabalho. Com a vitória
o Brasil chega aos 18 pontos, com 100% de aproveitamento e 6 pontos a mais do
que a segunda colocada, a Argentina.
Escolhas duvidosas
Apesar do resultado
bastante positivo, alguns pontos precisam ser questionados. Fred destoa
completamente do restante do time. Paquetá e Gerson, que jogam na mesma
posição, tem muito mais futebol do que o volante do Manchester United. Outro
ponto que questiono é a titularidade de Gabriel Jesus e Richarlisson. Os dois
são centroavantes. Se é para improvisá-los como ponta, o mais correto seria
Tite chamar Bruno Henrique, do Flamengo, e Ferreirinha, do Grêmio. Jogadores
jovens e que estão na plenitude de sua forma técnica e física. Os dois jogam
mais que Jesus e Richarlisson.
Tiro saiu pela culatra
Podemos interpretar
o manifesto dos jogadores da seleção brasileira como um tiro que saiu pela
culatra. A repercussão do movimento criado pelos atletas, com o aval de Tite,
foi bastante negativa. Tinha cunho político sim. Choveram posts mostrando a
postura do treinador. Lógico, com o peso que ele tem nas decisões, era certo
que Tite influenciaria na posição dos jogadores. A coisa ficou clara depois dos
últimos acontecimentos. Com o afastamento de Rogério Caboclo da presidência da
CBF, Tite permanece como técnico. Então ele mudou o rumo da prosa. Ou o
treinador, que ficou um ano sem trabalhar, também precisa de férias. Eu só vou
acreditar no Tite se ele largar a teta.
Repercussão negativa
O que pegou muio
mal mesmo foi o movimento dos atletas. Os jogadores que atuam no velho
continente, recém terminaram seus campeonatos nacionais. E agora, sem descanso,
vão encarar a Eurocopa. Vê se tem alguém reclamando. Lá a coisa é encarada com
muito profissionalismo. Mas os jogadores sentiram na carne que eles não estão
com a bola cheia como pensam ou imaginam. Os brasileiros deixaram bem claro
isso, quando sugeriram a troca de técnico e a montagem de uma seleção somente
com atletas que atuam no país. Vou mais longe, conforme já coloquei em
comentários anteriores. Em menos de 24 horas seria convocado um novo treinador
e uma seleção tão ou mais forte do que esta que está atuando nas eliminatórias.
Porque tem jogador alí que eu nao queria no meu time.
Atletas criticam Conmebol
O manifesto
liberado pelos atletas através das redes sociais ainda na noite/madrugada de
ontem (08) coloca que os jogadores brasileiros são contra a forma como a
Conmebol organizou a Copa América, mas que em momento algum eles cogitaram não
defender o Brasil na competição. que sentem orgulho em vestir o manto verde e
amarelo. Mudança radical de discurso. A verdade é que Neymar tentou articular
com astros de outras seleções um boicote à Copa América, porém não teve
sucesso. E como viram que um boicote interno poderia custar o futuro de cada um
na seleção, acabaram dando outro rumo aos questionamentos.
Aval das confederações
A Conmebol, por sua
vez, tinha tudo amarrado, desde que consultou as confederações e elas
responderam que queriam a realização da Copa América, no Chile ou no Brasil.
Vai ser no Brasil e inicia no próximo final de semana. Neymar, com o currículo
que tem, liderar um protesto, é piada. O presidente da CBF, por ser acusado de
assédio sexual, foi afastado da entidade. Neymar foi acusado, recentemente, do
mesmo problema. Tanto que a Nike cancelou o patrocínio que tinha com o atleta,
por não querer ver sua marca associada à imagem discutível do jogador. Nas
próximas horas sai a convocação para a Copa América. Vamos ver o que nos
reserva.
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