O Grêmio segue à risca a cartilha do rebaixamento. Jogar relativamente bem e sofrer gol aos 48min é um dos mandamentos de quem ruma à segundona. Felipão não escondeu, ainda à beira do gramado do Morumbí, sua insatisfação. Ele que sempre primou por times de fortes pegadas, não aceitou os erros coletivos que rendundaram no gol paulista e a falta de garra de alguns jogadores. 

A verdade é que o técnico subiu o tom das cobranças. Prega que seu time tem que ter raiva do adversário. Tanto que nos bastidores se fala que Jean Pyerre e Darlan vão ser afastados do grupo principal. Entretanto, eu discordo dessa pregação. Botar a bunda no chão não ganha jogo. Quando o Grêmio chegou aos títulos, foi jogando o fino do futebol. E é isso que o time precisa resgatar. Na medida que nivelar por baixo, o tricolor fica em desvantagem contra qualquer um dos adversários que nomoram com o rodapé da tabela.

Outra coisa: Felipão, nas substituições que fez no jogo com o São Paulo, cometeu vários equívocos. Afinal ele tinha Maicon no banco e optou por improvisar Diogo Barbosa. Insistir na titularidade de Alisson e Lucas Silva, é pra acabar com qualquer perspectivas de sucesso. Geromel vem muito mal, mas não sai do time. Ferreirinha, disparado o melhor atacante gremista, segue fora. Não importa os motivos: A hora é crítica e a equipe não pode prescindir dos melhores. 

A esperança é que Villasanti e Campaz ajeitem o meio de campo tricolor. Kannemann, se tiver a mínima condição, precisa retornar à zaga. Com Douglas Costa de um lado e Ferreirinha de outro, com Borja centralizado, quem sabe o ataque volte a funcionar. Enfim, a hora de reabilitação começa pelo Cuiabá. Qualquer resultado que não seja a vitória, será um desastre. 

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