Campanha incentiva doadores de medula óssea a atualizar dados cadastrais
Hemosc realizou apenas neste ano aproximadamente 8 mil cadastros em Santa Catarina.

26/09/2019 - 10h54

O Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA) lançou uma mobilização nacional para que os doadores de medula óssea atualizem seus dados cadastrais. O ato permite que o doador seja localizado com maior agilidade em caso de compatibilidade com algum paciente. Em Santa Catarina 195.994 pessoas estão inscritas no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome).

A recomendação para os doadores de medula óssea e sangue do Estado é entrar em contato por telefone com o Centro de Hematologia e Hemoterapia de Santa Catarina (Hemosc) e solicitar pelo telefone (48) 3251.9700 a mudança das informações.

Já para aqueles que são apenas doadores de medula óssea o procedimento pode ser feito pela internet diretamenteno site do Redome. Não foi definido prazo um prazo máximo para isso, mas o Inca pede a atualização cadastral o mais rápido possível.

A responsável do setor de imunogenética do Hemosc, Leila Dalmolim Pereira, explica que em média 70 pessoas se cadastram por dia como doadores de medula óssea em SC. Ela ressalta que ao realizar o ato a pessoa está assumindo uma responsabilidade com o próximo e uma das etapas é se manter disponível para se o chamado chegar.

— Já aconteceu várias vezes de tentarmos contato com a pessoa, ela é selecionada e ficamos em busca sem sucesso. Um ou dois a cada mês acaba e isso às vezes é uma única chance de ter o doador ideal e salvar uma vida — afirma Dalmolim

O Redome prevê um teto máximo de novos cadastros por ano, no Estado são 10.140. Segundo Pereira, a previsão é que com o fluxo médio do Estado este teto seja atingido, sem a necessidade de campanhas para inclusão de novos doadores. A estimativa do Hemosc é que neste ano Santa Catarina inclui no registro aproximadamente 8 mil novos dados pessoais

— A limitação no número de cadastros anuais foi criada para locais em que há o que chamamos de homogeneidade genética. A compatibilidade do doador é concluída com uma análise do nosso DNA, e como no Estado boa parte da população é de descendência europeia já temos uma gama de características comuns estabelecidas. Por esse motivo, também é possível que a pessoa encontre um doadores compatíveis na Europa, por exemplo. A mobilização nacional é no Norte, onde há povos indígenas com traços genéticos encontrados apenas no Brasil. — explica Pereira

Como me tornar um doador?

O cadastramento de candidatos à doação de medula óssea é realizado pelo HEMOSC que está diretamente vinculado ao registro nacional. A pessoa interessada em se cadastrar deverá se dirigir ao hemocentro mais próximo e lá irá preencher uma ficha e será realizada a coleta de 5ml de sangue utilizado para as análises de compatibilidade.

Em média, dois meses após o cadastro é que os dados ficam disponíveis no REDOME. O registro é de consulta internacional. Assim, a busca por doadores para pacientes brasileiros é realizada simultaneamente no país e no exterior.


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  • Jornal Regional



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