É hoje! Nesta
segunda-feira (21) Júpiter e Saturno estarão tão próximos no céu que parecerão
um “planeta duplo”, protagonizando um fenômeno
astronômico raro, que não acontece há cerca de 800 anos, desde a Idade Média.
Essa aproximação, que vem ocorrendo gradualmente ao longo do mês de dezembro e
que atinge seu ápice nesta segunda, quando os dois astros estarão separados por
apenas um décimo de grau, poderá ser vista após o por do sol.
Conforme Terra,
Júpiter e Saturno giram no carrossel do Sol, vez por outra ocorre um
alinhamento que coloca os dois planetas aparentemente próximos em nosso céu.
Isso acontece a cada 19,6 anos. Mas nem todas as conjunções são tão
espetaculares.
A última que teve
tamanha aproximação foi em 1623, mas na ocasião o evento acabou alinhado com a
própria posição do Sol, impedindo sua observação. Um encontro dessa magnitude,
visível no céu noturno, ocorreu pela última vez em 1226! Depois de 2020, a
próxima do mesmo naipe só em 2080.
Estrela de Belém
Muita gente tem
chamado esta grande conjunção de estrela de natal. Alguns astrônomos acreditam que o mito da estrela de Belém pode ter sido
inspirado por uma conjunção desse tipo, talvez uma entre Vênus e Júpiter (os
dois planetas mais brilhantes no céu), ocorrida nos anos 3 ou 2 a.C.
Como assistir
A grande conjunção
de Júpiter com Saturno é acompanhada por astrônomos do Observatório Nacional
(ON). Em entrevista à Agência Brasil, a pesquisadora Josina Nascimento, da
Coordenação de Astronomia e Astrofísica do ON, ressaltou que o que torna o
evento desse ano raro é a proximidade aparente de Júpiter e Saturno e a
condição de ser observado da Terra.
“Quando acontece a
conjunção desses planetas, a separação entre eles pode ser de 1 grau ou 2
graus, mas o que é raro mesmo é essa separação de seis minutos de arco. Para
você ter uma ideia, o tamanho da lua, que vemos no alto do céu, é de 30 minutos
de arco, então você tem que dividir aquele tamanho por cinco e vai ter ideia de
como é pequenininho esses seis minutos de arco”, afirmou Josina.
Para avistar o
fenômeno, que poderá ser visto a olho nu após o por do sol, a pesquisadora
explica que a pessoa deve olhar para o horizonte a oeste, na direção onde o Sol
se põe. Ao esticar o braço e abrir a mão, eles estarão na direção do dedo
polegar. Para identificação, Júpiter é o ponto mais brilhante. O tempo de
exposição é em torno de uma hora. “Mas tem que ter a visão do horizonte, não
podem ter prédios na frente”, diz Josina.
Além do ápice da
conjunção nesta segunda, o encontro dos astros ainda poderá ser visto até o dia
26 de dezembro.
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