Divulgação
O governo do Rio
Grande do Sul atua para garantir a vida da população após informação, na tarde
desta quinta-feira (02), do rompimento de parte da estrutura
da barragem da usina de geração de energia 14 de Julho, da Ceran, na bacia do
Rio Taquari-Antas, em Cotiporã, na Serra Gaúcha.
O rompimento é
investigado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), responsável pela
barragem, que informou que a estrutura já estava submersa e identificou uma
movimentação mais turbulenta da água, possivelmente pelo comprometimento da
chamada ombreira direita, uma das laterais onde a barragem está apoiada.
“O grande
problema agora é a velocidade com que a água vai descer rumo a Santa Bárbara e
Santa Tereza. A altura da água não deve mudar muito, porque o nível do Rio das
Antas estava passando sobre a barragem. O risco agora é a vazão a partir da
barragem 14 de Julho”,
disse o secretário da Casa Civil, Artur Lemos, que está no gabinete avançado no
distrito de Farias Lemos, em Bento Gonçalves.
Assim que teve a
confirmação do rompimento, o secretário determinou para a equipe da Casa Civil
no gabinete avançado contato imediato com os municípios abaixo da barragem para
iniciarem imediatamente a evacuação de áreas.
O Estado já
monitorava a possibilidade de rompimento da estrutura. A Fundação Estadual de
Proteção Ambiental (Fepam) informou que a empresa Ceran já havia acionado, na
quarta-feira (1/5), o Plano de Ação de Emergência da barragem.
A orientação
expressa da Defesa Civil é que os moradores dos municípios de Santa Tereza,
Muçum, Roca Sales, Arroio do Meio, Encantado, Colinas e Lajeado deixem áreas de
risco e procurem abrigos públicos ou outro local de segurança para permanecer
durante a elevação de nível do rio.
As pessoas que não
tiverem locais alternativos devem buscar informações junto à Defesa Civil da
sua cidade sobre os abrigos públicos disponibilizados pelas prefeituras, rotas
de fuga e pontos de segurança.
A Secretaria do
meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) monitora, também, as estruturas de outras
13 barragens de usos múltiplos que estão em estado de alerta, cinco delas já em
processo de evacuação: barragem Santa Lúcia, em Putinga; barragem São Miguel do
Buriti, em Bento Gonçalves; barragem Belo Monte, em Eldorado do Sul; barragem
Dal Bó, em Caxias do Sul; e barragem Nova de Espólio de Aldo Malta Dihl, em
Glorinha.
A Aneel e o
Operador Nacional do Sistema (ONS)acompanham a situação de outras cinco
barragens de geração de energia elétrica no Estado que estão em atenção:
Capigui, em Passo Fundo; Guarita, em Erval Seco; Herval, Santa Maria do Herval;
Passo do Inferno, São Francisco de Paula; e Monte Carlo, Bento Gonçalves –
Veranópolis.
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