Falta de reagente atrasa 1 mil testes de Covid-19 em Santa Catarina

11/06/2020 - 17h37

A falta de um reagente necessário para o exame que detecta o novo coronavírus está causando o represamento de cerca de 1 mil testes em Santa Catarina. A confirmação foi feita pelo Lacen/SC (Laboratório Central de Saúde Pública), nesta quinta-feira (11).

O desabastecimento teria começado no início desta semana. Conforme o último boletim epidemiológico divulgado nesta quarta (10), são 12.594 casos confirmados e 184 mortes em Santa Catarina.

De acordo com a diretora do órgão, Marlei Pickler Debiasi dos Anjos, a falta do insumo é temporária e acontece em todo o País, já que os kits são produzidos no exterior e há muita importação.

Somado a isso, o processo de compras do Estado costuma ser mais demorado e as empresas não estão conseguindo trabalhar com material a pronta-entrega.

“Para fazer o exame RT-PCR em tempo real, precisa de dois kits diferentes: um de detecção e outro de extração do RNA do vírus”, explica Marlei.

O primeiro kit, de detecção, é o que estava em falta no começo da pandemia, mas agora o Estado conta com mais de 80 mil kits deste tipo. Já o segundo, de extração, é que está temporariamente em falta.

“Estamos priorizando a testagem de casos graves e pacientes internados com o que ainda temos. Já casos leves, com poucos sintomas ou assintomáticos estão sendo deixados para fazer depois, quando o insumo chegar”, diz Marlei.

Conforme a diretora, não há perigo de as amostras perderem a validade, já que ficam armazenadas em freezer a 80°C negativos.

Três meses de trabalho

Nesta sexta-feira (12), o Lacen completa três meses realizando os exames para detecção do novo coronavírus para todo o Estado. A unidade vai fazer novo balanço do número de testagens feitas nesse período e deve divulgar os dados, via Secretaria de Estado da Saúde, ainda nesta sexta.

Nos primeiros dois meses de atuação, aproximadamente 16 mil exames foram feitos. Os resultados ficam prontos entre 24 e 48 horas, exceto quando há necessidade de repetição do exame.

O laboratório segue trabalhando em três turnos e conta ainda com a ajuda de voluntários e estudantes universitários para dar conta da demanda.

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