Fiocruz vai estudar a combinação de vacinas diferentes contra a Covid-19
Pesquisa da fundação vai analisar os resultados da combinação entre os imunizantes Coronavac e Astrazeneca.

Foto: Prefeitura de Concórdia/Divulgação

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24/10/2021 - 11h13

Os números mostram que as vacinas contra a Covid-19 são efetivas no combate à doença. Mas e esse fosse possível combinar imunizantes diferentes a proteção seria a mesma ou até maior? É essa questão que a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) quer responder em uma nova pesquisa.

A combinação de vacinas, também chamada de intercambialidade, já vem sendo estudada como estratégia para ampliar a cobertura vacinal. No entanto, os poucos estudos têm focado apenas nos imunizantes da Pfizer e da Astrazeneca.

É justamente para ampliar essa análise que a fundação brasileira com sede no Rio de Janeiro quer avaliar os efeitos da imunização com combinações das vacinas Coronavac e Astrazeneca, produzidas no Brasil. Todo o trabalho será financiado pelo Ministério da Saúde.

“Os resultados do projeto devem esclarecer se os protocolos com combinação dessas vacinas induzem proteção e a duração da imunidade”, destaca Adriana Vallochi, coordenadora do projeto e pesquisadora do Laboratório de Imunofarmacologia do Instituto Oswaldo Cruz.

As informações poderão contribuir para o planejamento do PNI (Programa Nacional de Imunizações) apontando esquemas que sejam efetivos e permitindo a substituição de vacinas caso haja escassez de alguma delas no futuro.

Essas informações podem contribuir para o planejamento do [Programa Nacional de Imunizações] PNI, apontando esquemas mais efetivos e permitindo a substituição de vacinas caso haja falta de doses de um dos imunizantes”, destaca Adriana.

Na pesquisa, 1.400 voluntários serão acompanhados em cinco grupos separados: vacinados com Coronavac na primeira dose e AstraZeneca na segunda; com AstraZeneca na primeira e Coronavac na segunda; com os esquemas regulares de duas doses dessas vacinas; e não vacinados.

A evolução da resposta imune será acompanhada por, no mínimo, um ano, com entrevistas e coletas de amostras em três momentos diferentes. Além dos efeitos adversos, os pesquisadores também vão analisar a produção de anticorpos e a resposta imune.

A expectativa é que concluir o recrutamento dos voluntários até dezembro desde ano e apresentar os primeiros resultados do estudo em fevereiro de 2022.

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  • Jornal Regional



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