Foto: Prefeitura de Concórdia/Divulgação
Os números mostram que as vacinas
contra a Covid-19 são efetivas no combate à doença. Mas e
esse fosse possível combinar imunizantes diferentes a proteção seria a mesma ou
até maior? É essa questão que a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) quer
responder em uma nova pesquisa.
A combinação de
vacinas, também chamada de intercambialidade, já vem sendo estudada como
estratégia para ampliar a cobertura vacinal. No entanto, os poucos estudos têm
focado apenas nos imunizantes da Pfizer e da Astrazeneca.
É justamente para
ampliar essa análise que a fundação brasileira com sede no Rio de Janeiro quer
avaliar os efeitos da imunização com combinações das vacinas Coronavac e
Astrazeneca, produzidas no Brasil. Todo o trabalho será financiado pelo
Ministério da Saúde.
“Os resultados do
projeto devem esclarecer se os protocolos com combinação dessas vacinas induzem
proteção e a duração da imunidade”, destaca Adriana Vallochi, coordenadora do
projeto e pesquisadora do Laboratório de Imunofarmacologia do Instituto Oswaldo
Cruz.
As informações
poderão contribuir para o planejamento do PNI (Programa Nacional de
Imunizações) apontando esquemas que sejam efetivos e permitindo a substituição
de vacinas caso haja escassez de alguma delas no futuro.
Essas informações
podem contribuir para o planejamento do [Programa Nacional de Imunizações] PNI,
apontando esquemas mais efetivos e permitindo a substituição de vacinas caso
haja falta de doses de um dos imunizantes”, destaca Adriana.
Na pesquisa, 1.400 voluntários serão acompanhados em cinco grupos separados: vacinados com Coronavac na primeira dose e AstraZeneca na segunda; com AstraZeneca na primeira e Coronavac na segunda; com os esquemas regulares de duas doses dessas vacinas; e não vacinados.
A evolução da resposta imune será acompanhada por, no mínimo, um ano, com entrevistas e coletas de amostras em três momentos diferentes. Além dos efeitos adversos, os pesquisadores também vão analisar a produção de anticorpos e a resposta imune.
A expectativa é que
concluir o recrutamento dos voluntários até dezembro desde ano e apresentar os
primeiros resultados do estudo em fevereiro de 2022.
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