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Somente neste ano, o Brasil superou a marca de 2 mil mortes
pela dengue. Ao todo, 2.197 pessoas perderam a vida pela doença, de acordo com
o Ministério da Saúde. A pasta usou como base os dados do Painel de
Monitoramento de Arboviroses.
O número ultrapassa a marca de 2023, quando 1.179 mortes
foram confirmadas. Com a atualização, 2024 é marcado como o mais letal desde o
início da série histórica, em 2000. Além das mortes já confirmadas, outras
2.276 estão sob investigação, o que ressalta a gravidade do surto atual. Em
paralelo, houve um aumento expressivo no número de casos confirmados da doença:
4,3 milhões de registros — um número significativamente maior do que o pico
anterior, de 1,6 milhões de casos, em 2015. A cidade de São Paulo lidera o
ranking de óbitos, com 576 mortes. Em seguida, Minas Gerais, com 342; Distrito
Federal, com 308; e Paraná e Goiás, ambos com 152 mortes. Em resposta, o
Ministério da Saúde expandiu a campanha de vacinação contra a dengue. A pasta
incorporou 625 novos municípios à lista de cidades que recebem o imunizante, em
um total de 1.330 municípios atendidos. Como forma de controlar a disseminação
do vírus, nove Estados, além do Distrito Federal, declararam emergência. Medida
similar ocorreu em 605 municípios, ao incluir capitais como Rio de Janeiro e
Belo Horizonte.
Impacto além das fronteiras
brasileiras
A crise da dengue não está limitada ao Brasil. Toda a América
sente o impacto. A Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), vinculada à OMS,
registrou 5,2 milhões de casos no continente. O número representa um aumento de
48%, em relação aos 3,5 milhões de casos do ano passado. Jarbas Barbosa,
diretor da Opas, descreveu a situação como emergencial para as Américas. Ele
afirmou ainda que a vacinação em massa não surtirá efeito imediato na contenção
do surto.
Inovação no combate à dengue
Para combater a alta no número de casos de dengue, o
Ministério da Saúde inaugurou recentemente uma fábrica em Belo Horizonte (MG),
dedicada à produção do método Wolbachia. Esse método consiste em inserir uma
bactéria (Wolbachia) em ovos do mosquito, em laboratório. Por terem a
Wolbachia, os mosquitos não são capazes de carregar os vírus que causam a
dengue, zika, chikungunya ou febre amarela. Tornam-se, assim, inofensivos.
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