Nesta quinta-feira
(3), os bancos começaram a disponibilizar o crédito da segunda fase do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de
Pequeno Porte (Pronampe). São R$ 12 bilhões liberados para assegurar
os empréstimos. O valor foi liberado pelo governo federal por meio de uma
Medida Provisória na última terça-feira (1º).
Nessa fase, para
conseguir distribuir melhor os recursos, além de manter o limite dos empréstimos
em 30% da receita bruta anual da empresa, o governo limitou o teto das
operações do Pronampe a R$ 100 mil. Fora esses pontos, as regras continuam as
mesmas: taxa de juros anual máxima igual à Selic, somado a 1,25% sobre o valor
concedido e o prazo para pagar é de 36 meses. O prazo de carência é de oito
meses.
“Esse prazo ajuda enormemente as empresas porque quem pegar o empréstimo agora vai pagar a primeira parcela só no segundo trimestre de 2021. A empresa vai poder passar com mais tranquilidade por esse sufoco”, explica o presidente do Banco da Amazônia, Valdecir Tose.
Podem pegar o empréstimo microempresas com rendimento de até R$ 460 mil por ano e as empresas de pequeno porte com rendimento de até R$ 4,8 milhões por ano. Nessa etapa, profissionais liberais também vão poder participar, mas com limite de 50% do rendimento anual declarado no Imposto de Renda.
Dificuldades
O setor empresarial
comemorou o novo aporte no programa, que é tido pelo governo como um dos mais
bem sucedidos no combate aos efeitos econômicos da pandemia. Porém, o
superintendente do Sebrae-DF, Valdir Oliveira, que também aprovou a renovação
do programa, explica que os bancos ainda apresentam resistência para liberar
crédito para pequenos empreendedores.
“O que os bancos
fizeram? Eles direcionaram os recursos para antigos clientes, mais confiáveis,
substituindo a carteira de crédito. Eles estão esterilizando o risco com
recurso subsidiado. Ninguém é contra a esterilização da carteira, o que a gente
quer é que amplie para os pequenos negócios”, defende.
Um total de 9
bancos já estão habilitados a fornecer empréstimos a partir do programa: o
Banco do Brasil, BANCOOB (SICOOB), BADESUL, BASA, BDMG, BNB, Caixa Econômica
Federal, Itaú Unibanco e SICRED. Além disso, instituições regionais também
foram habilitadas a participar. A instituição que terá a maior quantidade de
recursos disponível será o Banco do Estado do Rio Grande do Sul (Banrisul), que
terá liberados R$ 730 milhões para garantir operações de crédito.
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