Os escombros do que sobrou da residência da vítima
O corpo de uma
idosa foi encontrado carbonizado, em casa, na madrugada desta quarta-feira
(18), em Carazinho, na Região Norte do RS. Segundo a Polícia Civil, Nelcy
Brizolla Machado, de 83 anos, foi amarrada enquanto o suspeito roubava
pertences e ateava fogo na residência para encobrir pistas.
"Foi um crime marcado por muita crueldade, à medida que a vítima era conhecida do autor, que está preso em flagrante, e que costumava auxiliá-lo com recursos, dinheiro, alimentos", afirma o delegado Jader Duarte.
Conforme o delegado, o homem de 28 anos pediu dinheiro para consumir drogas. Ao receber resposta negativa da idosa, ele arrombou a residência e a imobilizou.
"Ele amordaçou-a, amarrou as mãos, puxando os braços para trás, amarrou os pés, e ela caiu. Nisso ele começou a subtrair os objetos e, para eliminar qualquer chance de a polícia chegar à autoria, não descobrir que se tratava de um crime de roubo — ele mesmo admite —, coloca fogo em um sofá da sala e essa senhora é carbonizada viva dentro da residência", relata Jader.
A Polícia Civil usou imagens de uma câmera de segurança em frente à casa para identificar o suspeito. "Elas pegam muito bem o momento em que ele começa a tirar os objetos para o canteiro no centro da avenida e o momento em que o clarão do fogo acontece quando ele sai da residência", descreve o delegado.
Além disso, vizinhos da idosa reconheceram que o suspeito havia entrado na casa anteriormente.
A polícia localizou o homem em uma residência de amigos, que, segundo o delegado, também são usuários de drogas. Eles teriam confirmado que o homem havia falado em esconder alguns objetos.
"Ante todos esses fatos, ele confessou espontaneamente, contando em detalhes", diz Jader.
O homem foi encaminhado para o presídio e deve responder por latrocínio qualificado, já que o roubo seguido de morte ocorreu de forma que a vítima não pôde se defender.
"O perito diz que há sinais de tortura. Foi uma crueldade que chama bastante atenção. Não tínhamos latrocínio há muito tempo, em Carazinho. Tivemos um justamente com requintes de crueldade", lamenta o delegado.
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