Divulgação/MB Comunicação
As lideranças e
entidades empresariais do sul do Brasil estão construindo uma sólida convicção
em torno da necessidade de um sistema ferroviário para sustentar o
desenvolvimento econômico e manter a competitividade das principais cadeias
produtivas.
As entidades que
integram o Movimento Pró-Ferrovias – ABPA, ACIC, CEC, FACISC, FAESC, FIESC,
OCESC E SINDICARNE/ACAV – patrocinaram o estudo de viabilidade econômica,
técnica e ambiental para demonstrar as condições da construção de um ramal da
Nova Ferroeste de Cascavel (PR) a Chapecó (SC). O projeto prevê a ligação de
Maracaju, no Mato Grosso do Sul, ao Porto de Paranaguá, no Paraná, com um ramal
a Foz do Iguaçu (PR). O Rio Grande do Sul aderiu ao movimento para que o
projeto tenha também uma extensão do ramal até Passo Fundo e portos gaúchos.
Essas entidades
lançaram a CARTA ABERTA em favor da Nova Ferroeste, que prevê, inicialmente,
conectar Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul. A iniciativa tem por
objetivo reduzir o Custo Brasil em cerca de 30%, otimizando a logística e
trazendo mais eficiência para toda a cadeia produtiva. Serão 1.567 km de
trilhos que vão passar por 66 municípios, um deles é Chapecó.
CARTA MOVIMENTO PRÓ-FERROVIAS
As Entidades
Empresariais do Estado de Santa Catarina, em conjunto com as Entidades
Empresariais dos Estados do Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso do Sul não
têm medido esforços para viabilizar o crescimento do país, através do setor
produtivo. Discutir a competitividade do setor empresarial e a logística de
transportes é uma questão emergente para sustentar o desenvolvimento dos
Estados do Sul e suas inter-relações com o Centro-Oeste brasileiro, notadamente
na área da agroindústria. Essas regiões gozam de ampla integração
cultural-territorial, elevado índice de desenvolvimento e uma admirável
complementariedade econômica, mas carecem de uma crônica deficiência de
infraestrutura. Debater essa problemática tornou-se crucial para a busca de uma
solução que terá grande impacto econômico e extraordinários efeitos sociais.
Ampliar os modais
logísticos brasileiros, com olhar integrador e desenvolvimentista sobre o
futuro que se quer, é o propósito de um grupo de entidades catarinenses
denominado PRÓ-FERROVIAS, que propõe um transporte ferroviário integrado, com o
objetivo de garantir e viabilizar a continuidade de uma das maiores cadeias
produtivas do Brasil – o Agronegócio, entre outros setores ameaçados pela falta
de competitividade com outros mercados.
Neste 12 de
setembro de 2023, referendando o trabalho iniciado em 2019, o Movimento
Pró-Ferrovias, formado pela ABPA – Associação Brasileira de Proteína Animal;
ACIC – Associação Comercial e Industrial do Município de Chapecó; CEC – Centro
Empresarial de Chapecó; FACISC – Federação das Associações Empresariais de
Santa Catarina; FAESC – Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa
Catarina; FIESC – Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina; OCESC –
Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina e SINDICARNES, busca a
adesão dos representantes públicos dos Estados que compõe o CODESUL para fazer
com que o PRÓ-FERROVIAS seja uma realidade, resgatando assim o esquecido modal
ferroviário tão necessário ao desenvolvimento regional e nacional.
Os Estados do Mato
Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul possuem contingente
de mais de 12 milhões de empregos diretos e, por consequência, postos indiretos
surgidos destes, com saldo acumulado de crescimento no IBC-Br do ano 2023, referenciando-se
2022, de 2,3%, 13,4%, 2,8% e 7,4% respectivamente.
A produção
industrial destes Estados concentra um indicador de pleno emprego, com
sazonalidades quanto ao crescimento ou decréscimo do número de vagas, sendo que
o índice de desemprego fica em 3,2%, 5,4%, 3,8% e 5,4% respectivamente,
enquanto a média nacional é de 8,8%, porém com alguns Estados com baixa
atividade industrial ou agroindustrial chegando a mais de 14% de taxa de
desemprego da população economicamente ativa.
Nos municípios em
que há presença de atividade industrial ou agroindustrial, nos Estados
supramencionados, o IDH é de 0,8>, sendo que o máximo da meta é 1,0, e
quando comparamos aos municípios que não possuem atividade industrial ou
agroindustrial o IDH fica em torno de 0,6<, demonstrando assim a importância
da atividade econômica industrial e/ou agroindustrial.
Apenas como
referência, em SC a atividade agroindustrial é responsável por 70% do volume de
exportação e 50% da arrecadação com exportações, o que não difere dos demais
Estados aqui mencionados. O movimento econômico gerado no mercado interno
catarinense por meio da produção agroindustrial é de mais de R$10 Bilhões e
soma-se a este os mais de US$4 Bilhões das exportações para mais de 150 países.
São valores injetados diretamente na economia local e regional e que serão
consideravelmente ampliados com a integração intermodal que se busca,
singularmente com a chegada da ferrovia, em momento desafiador, em que há uma
burocratização na legislação do sistema rodoviário, bem como com a drástica
diminuição do número de motoristas profissionais dos últimos anos.
O projeto logístico
intermodal, ora com foco no ferroviário, para que se integre ao rodoviário e
marítimo, movimentará insumos e produtos acabados para a indústria e comércio
de alimentos e bebidas, móveis, combustíveis e biocombustíveis, madeira e aço, grãos,
construção, têxtil, equipamentos elétricos, cerâmico, fármaco, metalomecânico,
plástico, dentre outros.
Assim repassamos
aos Excelentíssimos representantes dos Estados do Rio Grande do Sul, Paraná,
Mato Grosso do Sul e de Santa Catarina o Estudo de Viabilidade Técnica,
Econômica e Ambiental confeccionado e financiado pelas entidades que compõe o
PRÓ-FERROVIAS, solicitando o apoio à Vs. Exas. e o compromisso de auxiliar na
viabilização de tão importante projeto, bem como estimular e fomentar todas as
conexões possíveis através de ferrovias que impactem esta região. Chapecó/SC,
12 de setembro de 2023.
ACIC – Associação
Comercial e Industrial de Chapecó, Lenoir Antônio Broch – Presidente;
ABPA – Associação
Brasileira de Proteína Animal, Ricardo
José Santin – Presidente;
CEC –
Centro Empresarial de Chapecó, Marcos Antônio Barbieri – Presidente;
FACISC – Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina, Sérgio Rodrigues Alves – Presidente;
FAESC – Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de SC, José Zeferino Pedrozo – Presidente
SINDICARNES –
Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados em SC, José Antônio Ribas Junior – Presidente
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