Temperaturas do mês de julho estão acima da média para o período. – Foto: Climate Reanalyzer/Divulgação
Com intensas e sucessivas ondas de calor e recordes de temperaturas sendo superados, julho foi o mês mais quente já registrado. Essa marca foi superada na comparação com as medições diárias ao longo das últimas décadas, mas também ao confrontarmos às estimativas de milhares de anos atrás.
As informações foram obtidas após a Universidade do Maine analisar inicialmente os dados de temperaturas do Centro Nacional de Previsão Ambiental dos Estados Unidos. Logo após as análises, os dados foram publicados na ferramenta Climate Reanalyzer, que demonstraram que as temperaturas diárias ao longo do mês ficaram entre 0,56°C e 1,02°C acima da média (de 1979 a 2000).
Julho foi o mês de
maior calor
Ainda, conforme o
órgão, o mês de julho foi marcado pela quebra de recordes diários de
temperaturas. Já na primeira semana, três marcas foram batidas: no dia 3, a
média global chegou a 17,01°C, ultrapassando o registro de 2016 de 16,92°C, que
se repetiu em 2022.
O recorde foi
quebrado novamente no dia seguinte, com 17,18°C; e, no dia 6, o índice anterior
também foi ultrapassado, atingindo 17,23°C.
Na última semana, o
observatório europeu Copernicus e a OMN (Organização Meteorológica Mundial),
ligada à ONU, emitiram um alerta destacando que as três primeiras semanas de
julho marcaram o período mais quente já documentado, com a perspectiva de que o
mês poderia se tornar o mais quente registrado até o momento.
Conforme o meteorologista
Piter Scheuer, as temperaturas estão acima da média devido à
atuação do El Niño. Esse fenômeno, segundo o meteorologista aquece as águas do
Oceano Pacífico Equatorial, contribuindo para a elevação das temperaturas e
chuvas acima da média para o período.
Santa Catarina
sofrerá com onda de calor extrema no verão?
Enquanto o Brasil
enfrenta um inverno ameno, localidades da Europa e dos Estados Unidos tem se
surpreendido com temperaturas muito acima da média. Além disso, o hemisfério
Norte, sofre com um verão seco e árido.
O cenário atual é,
em partes, explicado pela geografia do Planeta. Em latitudes médias e altas, um
fator chamado de anticiclone tende a se formar.
Com esse fator, a
circulação atmosférica, que é a diferença de aquecimento entre as regiões
equatoriais e polares, cria zonas de alta pressão atmosférica, comprimindo e
elevando a temperatura do ar.
O meteorologista
Piter Scheuer, aponta que o Brasil vai enfrentar temperaturas acima da média
neste verão. Piter reforça que as influências causadas pelo El Niño, tendem a
marcar presença no Brasil durante o verão, sendo assim, em Santa Cataria
também.
Com isso, o
meteorologista aponta que teremos um verão com calor elevado e também, com
maior ocorrências de chuvas no período. Ainda, o especialista aponta que o
verão, visto no hemisfério Norte, não chegará com tanta intensidade em
território brasileiro.
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