Seis laboratórios monitoram variante indiana da Covid-19 em Santa Catarina

Foto: Arquivo/Divulgação/Daiane Mayer/Age/UFSC

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21/05/2021 - 18h17

O monitoramento de possíveis variantes da Covid-19 em Santa Catarina é realizado por seis laboratórios, localizados em outros Estados. É essa rede que fiscaliza a ocorrência da cepa indiana (B.1617), segundo a Secretaria Estadual de Saúde.

Até esta sexta-feira (21), segundo a Dive/SC (Diretoria de Vigilância Epidemiológica), não foram identificados casos ou suspeitas da variante indiana em Santa Catarina. No país, já foram registrados seis casos.

As amostras são selecionadas em todas as regiões pela CIEVS (Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde). Tem prioridade coletas em vítimas fatais e pacientes com SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave), uma das complicações mais graves da infecção.

Com as amostras, os laboratórios realizam o sequenciamento genético do SARS-CoV-2, procedimento semelhante a uma “leitura” do organismo do vírus. Ele permite saber o perfil e a origem da cepa.

Estrutura

O sequenciamento é realizado pelo laboratório da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) e por outros quatro laboratórios designados pelo Ministério da Saúde, responsáveis também pela demanda nacional.

O Estado também encaminha amostras ao Laboratório Central de Minas Gerais, da Funed (Fundação Ezequiel Dias). Devido a complexidade do procedimento, detalha a SES, não é dado prazo para a liberação dos exames.

Para Fabiana Trevisol, epidemiologista da Unisul (Universidade do Sul de Santa Catarina), a dependência de laboratórios nacionais acarreta em prazos maiores para detectar os casos, tendo em vista a logística de envio e a demanda atendida pelas instituições.

Estado em alerta

Ministério da Saúde emitiu um alerta nesta quinta-feira (20) sobre o risco da chegada da variante em Santa Catarina, após a cepa ter sido detectada na Argentina. Em todo o Brasil, já foram registradas pelo menos uma suspeita e seis casos da nova variante.

“Como a cepa já chegou no Brasil e Argentina, acredito que ela estará logo entre outros nós”, analisa Trevisol. O ideal seria “barrar” o vírus no Estado, adotando medidas como isolamento e o fechamento das fronteiras. O Governo Federal proibiu voos com passagem pela Índia.

A variante é considerada uma preocupação global devido a capacidade  de transmissão maior e a letalidade, fatores responsáveis pelo agravamento da pandemia na Índia, com taxas que ultrapassaram 4 mil mortes diárias.

A variante no Brasil

Os primeiros casos da variante indiana no Brasil foram registrados nesta quinta-feira, no Estado do Maranhão. Os pacientes estavam a bordo de um navio, que veio da África do Sul.

Pelo menos 15 tripulantes da embarcação testaram positivo para a Covid-19 e ao menos seis foram infectados pela cepa B.1.617. Um deles está internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) em um hospital de São Luís.

Na manhã desta sexta-feira (21), o Governo do Ceará informou que monitora um caso suspeito da variante. O paciente, de 35 anos, voltou de uma viagem à índia no último dia 9.

A Fiocruz realiza o sequenciamento genômico para determinar se o homem foi infectado pela variante indiana. A Instituição ressalta que as vacinas utilizadas no Brasil protegem contra “todas as variantes” do coronavírus.

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  • Jornal Regional



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