O Ministério
da Saúde afirmou nesta quarta-feira (3) que vai se reunir na próxima
sexta-feira (5) com representantes do instituto russo Gamaleya, fabricante da
vacina Sputnik V, e do laboratório indiano Bharat Biotech, fornecedor do
imunizante Covaxin, para negociar a compra de mais 30 milhões de doses de
vacinas contra a Covid-19.
“A decisão de
avançar as negociações ocorre após a Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa) autorizar o novo protocolo com simplificação do
processo de concessão de uso emergencial e temporário de vacinas, dispensando a
realização de estudos clínicos de fase III. A expectativa da pasta é ter acesso
aos imunizantes ainda em fevereiro”, afirmou o Ministério da Saúde.
A Anvisa retirou a exigência de estudos de fase 3 conduzidos no Brasil para aprovação de uso emergencial das vacinas contra a Covid-19. Nos casos em que isso ocorrer, a empresa diz que o prazo de análise do pedido será de até 30 dias.
O gerente de
medicamentos da Anvisa, Gustavo Mendes, diz que agora a orientação do guia é
que o estudo de fase 3 deve ser “preferencialmente”
conduzido também no Brasil. Segundo Mendes, quando a empresa optar por não
conduzir o estudo no Brasil, deve atender outros critérios:
-Acompanhamento dos
participantes para a avaliação de eficácia e segurança dos participantes do
estudo por pelo menos 1 ano;
-Garantia de acesso
aos dados gerados em sua totalidade;
-Demonstração que
estudos pré-clínicos e clínicos foram conduzidos conforme as diretrizes aceitas
nacional e internacionalmente.
Ainda o caso de
estudos de fase 3 não conduzidos no Brasil, a Anvisa coloca como condição para
a empresa:
-Comprometer-se a
concluir o desenvolvimento da vacina em todos os aspectos, apresentar e
discutir os resultados com a Anvisa;
-Prazo de análise
para vacinas sem estudo desenvolvido aqui no Brasil será de até 30 dias.
O gerente disse ainda que é importante destacar que a empresa que não teve desenvolvimento clínico no Brasil deve se comprometer a pedir o registro sanitário no país.
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