Desde o início da pandemia, o Governo de Santa Catarina atua
para trazer de volta catarinenses que não conseguiram retornar ao estado. Até o
momento, 91 cidadãos já foram repatriados e outros 34 estão recebendo auxílio
da Secretaria Executiva de Assuntos Internacionais (SAI) para retornar ao país,
conforme dados atualizados nesta semana.
O secretário executivo da Articulação Internacional, Derian Campos, explica
que o Governo do Estado tem atuado em parceria com outros órgãos, especialmente
do Governo Federal, para agilizar o processo de repatriação. Ele salienta que a
rapidez é fundamental em um período como esse.
“Vivemos um momento bastante turbulento em todo o mundo. Em situações como
essa, os cidadãos buscam a segurança de seus lares. O trabalho da SAI tem
ajudado muitos catarinenses. A maioria se viu em condições complicadas e nos
procurou. A agilidade é essencial e buscamos dar todo o apoio necessário para
quem nos procura”.
O retorno para casa dos catarinenses é resultado do trabalho conjunto
entre a SAI, o Ministério de Relações Exteriores e o corpo consular. Governos
de diversos países estabeleceram restrições com objetivo de reduzir as chances
de contaminação do novo coronavírus. Mas o fechamento de fronteiras terrestres
e exigências de atestados sanitários, a redução de frequência de voos
comerciais e a desvalorização do real tornaram a necessidade de repatriação de
catarinenses mais urgente.
Desde março, o volume crescente de pedidos de emergência reforçou a
importância do trabalho da Secretaria junto às embaixadas e consulados.
Veja alguns exemplos de catarinenses que retornaram para casa com a ajuda
da SAI:
Estados Unidos
Com dificuldade em achar voos para retornar a Santa Catarina, a mãe de um
menor de idade entrou em contato com a SAI. A companhia aérea que vendeu a
passagem havia suspendido as operações de voos durante a pandemia e postergado
a saída em mais de dois meses. Sem condições de manter o filho no exterior por
um período tão prolongado, a mãe precisava de ajuda. A Secretaria buscou
companhias áreas que mantiveram operações no trecho para Brasil e auxiliou na
realocação da passagem. Com apoio em todo processo de repatriação, foi possível
viabilizar seu retorno a Santa Catarina no dia 8 de maio.
Chile
Um pequeno grupo procurou a Secretaria com dificuldades para retornar ao
estado em função do cancelamento dos voos entre os dois países. Em contato com
Consulado brasileiro naquele país e com companhias aéreas ativas, a SAI
conseguiu alocar os catarinenses na reserva de um voo comercial que foi
disponibilizado excepcionalmente para trecho do Brasil. Eles voltaram no dia 15
de maio.
Bolívia
Há diversos brasileiros que fazem faculdade de Medicina e Enfermagem na Bolívia. Com o agravamento da disseminação do novo coronavírus na América do Sul, as autoridades bolivianas restringiram o trânsito das suas fronteiras terrestres, deixando passagem somente de veículos autorizados. Consequentemente, muitos estudantes ficaram desamparados e sem condições de voltar. Alguns deles entraram em contato com o plantão da SAI e pediram um auxílio na repatriação. Após tramitação de ofício no Ministério das Relações Exteriores e articulações com a Embaixada do Brasil na Bolívia, tornou-se possível a organização do retorno.
Uma estudante de Enfermagem de Gaspar chegou
no estado dia 9 de abril, outros quatro estudantes de Chapecó e Balneário
Camboriú, no dia 23 de abril, e mais quatro pessoas no dia 3 de maio. Neste último
grupo estava um senhor de 74 anos que ficou na Bolívia para acompanhar a filha,
estudante de Medicina, e precisou de um tratamento prioritário para não colocar
a sua saúde em risco, por falta de acesso aos remédios de uso contínuo que ele
sofreu por conta da pandemia. Finalmente, todos puderam ter de volta a
segurança de seus lares.
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