O emprego de mão de obra de apenados e de egressos do
sistema prisional catarinense rendeu a conquista do Selo Resgata para 94
empresas públicas e privadas que atuam no estado. Ao todo, 372 instituições de
todo o país receberam a distinção.
O Selo, concedido pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen), é um
reconhecimento nacional a todas as instituições que dão a internos e egressos
do sistema, por meio do trabalho e da renda, uma chance real de ser reintegrar
à sociedade. “A oferta de trabalho e a capacitação profissional são fundamentais
para que o interno vislumbre a possibilidade de sua reabilitação social e
econômica”, observou o secretário de Administração Prisional e Socioeducativa,
Leandro Lima.
Em Santa Catarina, a Região Oeste aparece em destaque com 35 empresas
públicas e privadas certificadas no III Ciclo do Selo Resgata. Dessas, 29 têm
oficinas de trabalho na Penitenciária Agrícola de Chapecó. Na Região do
Planalto Serrano, há 20 instituições certificadas, seguida da Grande
Florianópolis, com mais 17 empresas certificadas.
Outro destaque na lista dos contemplados pelo Selo Resgata são os Fundos
Rotativos de unidades prisionais catarinenses. É o caso da Penitenciária da
Região de Curitibanos, da Penitenciária de Florianópolis e da Penitenciária
Agrícola de Chapecó. Os Fundos são constituídos por 25% do salário que cada
apenado recebe da empresa que o contrata, por meio de convênios assinados com a
SAP. Essa verba é destinada exclusivamente para a unidade e pode ser usada em
melhorias na infraestrutura, bem como na implantação de oficinas. Os outros 75%
restantes do salário são depositados na conta dos apenados.
Fortalecimento da cidadania
“A concessão do Selo Resgata para instituições que atuam em nosso estado,
ciclo após ciclo, reforçam a importância da qualidade da atividade laboral nas
unidades prisionais,” disse Lea Fernanda Mazaro, gerente de Trabalho e Renda
(Getrab) do Deap.
A diretora do Depen, Tânia Maria Matos Ferreira Fogaça, reforçou que as
empresas e demais organizações públicas ou privadas, ao empregar a mão de obra
do preso e do egresso do sistema prisional, ajudam a mudar paradigmas, superar
preconceitos, criar oportunidades e fortalecer a cidadania.
Todas as 372 instituições públicas ou privadas cadastradas para receber o
Selo passaram por um processo de seleção que levou em conta diversos critérios.
Entre os requisitos para concessão do certificado está a comprovação da
contratação de pessoas cumprindo pena em regime fechado, semiaberto, pena
alternativa ou egressos do sistema prisional. Além disso, cada instituição deve
desenvolver e apresentar iniciativas que contribuam para modificar a realidade
socioeconômica dos contratados, oferecendo um ambiente de trabalho salubre e
compatível com as condições físicas dos trabalhadores.
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