Com um gol e grande atuação, Soteldo foi o destaque da classificação santista
A final da edição
de 2020 da Libertadores da América terá clássico, terá rivalidade. E terá um
brasileiro campeão. O Santos fez ótima partida na noite desta quarta-feira,
bateu o Boca Juniors por 3 a 0 na Vila Belmiro e garantiu classificação para
enfrentar o Palmeiras em uma inédita decisão continental. Diego Pituca, no primeiro
tempo, colocou o Peixe na frente. Soteldo e Lucas Braga, em um começo de
segundo tempo avassalador, garantiram a vitória santista. O Boca ainda teve
Fabra expulso – por pisar em Marinho. No jogo de ida, na Argentina, as duas
equipes haviam empatado por 0 a 0.
A grande final
Marque na sua
agenda: dia 30 de janeiro, um sábado, às 17h, será realizada a grande decisão
da Libertadores da América. A partida será em jogo único, no Maracanã, sem
presença de público.
Primeiro tempo
O Santos levou 30
segundos para mostrar que estava disposto a mandar no jogo. Marinho recuperou a
bola pela direita, avançou e chutou. Acertou a trave. Naquele lance, já havia
sinais do que buscava a equipe de Cuca: marcação forte no campo adversário,
saída em velocidade, dominação territorial. E assim os lances foram se
sucedendo ao natural, amadurecendo o gol. Aos 11, após cobrança de escanteio de
Soteldo, Kaio Jorge desviou para fora, com perigo. Aos 12, Pituca chutou de
fora da área, por cima. Parecia mesmo questão de tempo – e pouco tempo. Aos 15,
Soteldo mandou o chute, e a bola desviou no braço de Lisandro López. Enquanto
os jogadores do Santos pediam pênalti e os do Boca juravam que não foi nada,
Pituca pegou o rebote e mandou para o gol: 1 a 0. A desvantagem fez o Boca se soltar
um pouco, porém sem jamais dominar o Santos. O time da casa ainda teria chances
de ampliar – especialmente em uma pancada impressionante de Marinho em cobrança
de falta e depois em batida colocada de Kaio Jorge.
Segundo tempo
O Boca voltou com
duas trocas para a etapa final: Buffarini no lugar de Jara na lateral direita,
Capaldo na vaga de Diego González no meio. Mas nem teve tempo de sentir os
efeitos das substituições. O Santos, avassalador, matou o jogo em cinco
minutos. Soteldo, aos três, avançou para cima da marcação e mandou uma pancada:
2 a 0. Dois minutos depois, Marinho rompeu os zagueiros e mandou para Lucas
Braga completar: 3 a 0. O Boca, desnorteado, viu Fabra perder a cabeça e
agredir Marinho com um pisão. Levou o vermelho direto. Curiosamente, foi a
partir daí que o Boca jogou melhor. Aos 13, os xeneizes martelaram na área
santista em chutes sucessivos – mas pararam na defesa ou em João Paulo. Aos 26,
no reflexo, o goleiro também impediu gol de Villa. Mas o Santos também
continuou criando suas chances. Poderia ter ampliado com Marinho, em chute que
passou rente à trave. E ainda mais com Madson, que perdeu ótima chance ao sair
cara a cara com o goleiro Andrada. E mais ainda com Kaio Jorge, também livre
diante de Andrada. Mas, àquela altura, fez pouca diferença. A vitória era do
Santos, a vaga era do Santos.
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