A Associação
Brasileira de Proteína Animal – ABPA, a Associação Catarinense de
Avicultura – ACAV e o Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no
Estado de Santa Catarina - Sindicarne ressaltam que o abastecimento de
alimentos e a preservação da saúde dos trabalhadores são prioridades
indiscutíveis para os setores de aves e de suínos do Estado.
Antes mesmo do
início da adoção da quarentena em vários estados de todo o país, as
agroindústrias do Estado adotaram medidas preventivas necessárias para proteger
e prevenir, ao máximo, o risco nas unidades de produção.
Essas medidas
incluem o imediato afastamento de todos os colaboradores identificados como
grupo de risco, a intensificação das ações de vigilância ativa nas unidades
frigoríficas e monitoria da saúde dos trabalhadores (com a verificação
constante de temperatura), ampliação da higienização nas fábricas, medidas
contra aglomeração, entre outros.
Preservar a
produção de alimentos é fundamental para a paz social da população catarinense.
Neste sentido, o eventual fechamento de unidades produtoras pode gerar
problemas à comunidade e ao país, especialmente no quadro atual de quarentena
determinado para o enfrentamento da epidemia de Covid-19.
O primeiro e mais
óbvio é a falta de alimentos. Unidades fechadas significa ausência de produtos
em estoques e nas gôndolas. Só há paz social se não houver falta de alimentos,
e a suspensão da produção pode aproximar a sociedade do estado de caos.
O segundo ponto é o
impacto ambiental. Cada unidade frigorífica abate milhares de aves e suínos
diariamente. Se não houver o abate, o único destino possível para estes animais
é o aterro sanitário. Os impactos ambientais são graves. O pedido de suspensão
da produção gera, portanto, um grande risco ambiental para todos.
Por fim, o
fechamento de plantas, ao invés de proteger a população, aumenta o risco de
exposição dos trabalhadores ao vírus. O ambiente frigorífico é reconhecido
pelos diversos órgãos internacionais como um ambiente diferenciado, cujo
processo rotineiro já considera medidas de higiene que previnem a transmissão
de patógenos e consequentemente não é um ambiente propício à disseminação de
vírus da Covid-19.
A
manutenção da produção de alimentos é um dever e um direito que deve ser
preservado pelos diversos entes públicos. Neste debate, é fundamental que se
prevaleça a racionalidade com base em fundamentos técnicos. Afinal, está em
jogo também a segurança alimentar da população.
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