Uma funcionária
pública acusada de se passar por advogada foi presa preventivamente após
utilizar de decisões e atos de expedientes falsos para tentar captar clientes e
soltar pessoas presas em cidade do Vale do Itajaí.
Além da mulher
responder como se fosse profissional da área jurídica, ela também estaria
elaborando texto com timbres e formatação de despachos judiciais com decisões
favoráveis aos seus clientes, com a utilização da assinatura falsificada de uma
magistrada da comarca de Gaspar.
O juiz sentenciante
ressaltou que embora a investigada seja ré primária, "sua conduta, não só
ofendeu às vítimas, como também desprestigiou os profissionais e órgãos acima
citados, trazendo prejuízo à imagem do Poder Judiciário de Santa Catarina.
Assim, vê-se que o caso requer uma resposta célere e dura a fim de evitar nova
reiteração criminosa".
As vítimas, que
acreditavam conversar via WhatsApp com o advogado quando, na verdade,
dialogavam com a mulher, registraram boletim de ocorrência nos meses de
novembro de 2020 e fevereiro de 2021 . Nele, relataram a falsificação e
adulteração de documentos e o fato da mulher se passar por profissional de
Direito.
A magistrada que
teve a assinatura grosseiramente falsificada tomou conhecimento do caso no dia
18 de fevereiro de 2021, através de informações levadas a termo pela assessoria
de gabinete. A prisão preventiva foi decretada no dia 26 de fevereiro pelo
juízo da Vara Criminal da comarca de Gaspar. O caso tramita em segredo de
justiça.
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