Bloqueios vão acontecer na BR-282 em Chapecó, BR-163 em Dionísio Cerqueira e BR-116 em Curitibanos – Foto: Diogo Souza/ND
A seca prolongada
que vem provocando severas perdas na agricultura há cerca de três anos, motivou
moradores do Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul, a
realizarem o fechamento de algumas rodovias federais, em diversos pontos da
região Sul e Centro Oeste do Brasil.
As manifestações têm como objetivo chamar a atenção dos governos para os danos causados pela crise hídrica, que, segundo eles, afeta a subsistência e sobrevivência das famílias no campo e agrava o avanço da fome no país.
Em Santa Catarina, a mobilização vai acontecer em Chapecó, na BR-282, em Curitibanos, na BR- 116, e em Dionísio Cerqueira, no centro da cidade e na BR-163. A previsão de início é na manhã de quarta-feira (16), às 9 horas, com término programado para às 16 horas.
Pautas
Para o governo
Federal, os agricultores reivindicam:
• A prorrogação das parcelas vencidas das operações de crédito rural do Plano Safra 2021/2022 para um ano após a última prestação, com subsídio de juros e 80% de rebate;
• A repactuação das dívidas motivadas por eventos climáticos ocorridos de 2008 a 2020, com rebate de 95%;
• A criação de linha de crédito emergencial de R$ 40 mil por beneficiário, a juro zero, com até 5 anos de carência, 10 anos para pagar e rebate de 30%.
• Garantia no abastecimento de milho via Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), com subsídio de 40% no valor;
Prejuízos
Segundo informações
de órgão públicos, associações e entidades do setor agrícola, os prejuízos vão
de 50% a 90% nas principais culturas, como soja, feijão, milho, além de uma
queda expressiva na produção de leite por conta da escassez de alimentos para
os animais.
Cerca de 160 municípios do Estado são afetados pela estiagem, sendo as maiores perdas registradas na safra do milho, tanto no grão, como para silagem. Segundo a Federação, a queda na produção já supera 50% em diversas lavouras. “São R$ 5 bilhões em perdas já contabilizadas, e este prejuízo aumenta a cada dia”, revela Selzler.
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