O agronegócio segue com grande destaque na economia
catarinense. Em 2020, o setor respondeu por 70% das exportações de Santa
Catarina, com um faturamento que passa de US$ 5,7 bilhões. O estado ampliou sua
presença internacional, principalmente com os embarques de carne suína,
produtos florestais e do complexo soja. Os números são divulgados pelo
Ministério da Economia e analisados pelo Centro de Socioeconomia e Planejamento
Agrícola (Epagri/Cepa).
“O desempenho do agronegócio nas exportações de Santa
Catarina é reflexo da força do produtores rurais catarinenses, agroindústrias e
entidades, aliados ao Governo do Estado. Somos reconhecidos pela qualidade dos
nossos produtos e iremos continuar com esse trabalho de excelência”, frisa o
governador Carlos Moisés.
O secretário de Estado da Agricultura, da Pesca e do
Desenvolvimento Rural, Altair Silva, acrescenta que o segmento gera emprego e
renda em todo o estado, não só no meio rural, mas também nas cidades onde estão
localizadas as agroindústrias e outros elos da cadeia produtiva. “Em 2020, de
tudo o que Santa Catarina exportou, 70% teve origem no agronegócio, nas
agroindústrias e na agroindústria familiar. Esse é o resultado do nosso modelo
de produção, com cadeias produtivas organizadas, e do trabalho de todos os
produtores rurais. A Secretaria da Agricultura continuará apoiando o setor
produtivo para que as exportações continuem fortes, movimentando a economia
catarinense", destaca.
As exportações trouxeram a Santa Catarina receitas de
US$ 8,1 bilhões em 2020, desse total US$ 5,7 bilhões foram gerados pelo
agronegócio. Ou seja, a cada US$ 10 de faturamento, US$ 7 tiveram origem no
agro. O setor também sofreu menos com os impactos da crise econômica. Enquanto
o estado registrou uma queda de 9,2% nos embarques, o agro reduziu apenas 6,7%
seu faturamento.
O analista da Epagri/Cepa Luiz Toresan explica que, há 20
anos, o setor representava pouco mais de 50% das exportações catarinenses e, desde
então, vem ampliando cada vez mais sua presença internacional.
Perspectivas para 2021
Os analistas da Epagri/Cepa estimam mais um ano de boas
notícias para o agronegócio catarinense. As expectativas são de que os
embarques de carne suína sigam numa crescente e as exportações de carne de
frango se estabilizem. A soja também deve ter um aumento no valor recebido,
ainda que o volume possa ser menor.
Produtos de origem animal
Os produtos de origem animal ocupam o primeiro lugar no
ranking de exportações catarinenses – 37% do total. As carnes, peixes, ovos e
couro geraram cerca de US$ 3 bilhões em receitas para Santa Catarina. Os
embarques de carne suína tiveram um crescimento de 35% ao longo do último ano,
fechando em US$ 1,2 bilhão.
No total, as receitas das exportações de produtos de origem
animal tiveram uma queda de 11,8% em relação a 2019, devido, principalmente, à
redução nas vendas de carne de frango.
Produtos de origem vegetal
Os produtos de origem vegetal respondem por 13,7% das
exportações do estado, com um faturamento de US$ 1,13 bilhão. Boa parte desse
valor tem origem no complexo soja, que teve um crescimento de 1,4% nos
embarques. O tabaco, outro produto com um alto valor de exportações, teve uma
queda de 22,6%, fechando em US$ 255,9 milhões.
Produtos florestais
Os setor produtivo de madeira, móveis de madeira, papel e
celulose teve um desempenho positivo em 2020. As exportações tiveram alta de
8,3%, com um faturamento de US$ 1,5 bilhão.
O maior destaque foi o embarque de madeira e obras de madeira
que cresceu 15,4% ao longo de 2020.
Diferenciais da produção catarinense
Santa Catarina coleciona os títulos de maior produtor
nacional de suínos, maçã, cebola, pescados, ostras e mexilhões; segundo maior
produtor de tabaco, palmito, aves, pera, pêssego, alho e arroz; quarto
maior produtor de uva, cevada e leite.
O estado possui um status sanitário diferenciado, que abre as
portas para os mercados mais exigentes do mundo. É o único do país reconhecido
pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como área livre de febre aftosa
sem vacinação, o que demonstra um cuidado extremo com a sanidade animal e é
algo extremamente valorizado pelos importadores de carne. Além disso, Santa
Catarina, junto com o Rio Grande do Sul, é zona livre de peste suína clássica.
A Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa
Catarina (Cidasc), em parceria com a iniciativa privada e os produtores, mantém
um rígido controle das fronteiras e do rebanho catarinense.
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