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Dados divulgados pelo Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) revelam que outubro teve o maior número de focos de calor na Amazônia para o mês desde 2008. Ao todo, foram 22.061 focos de calor no bioma, em meio a um cenário de seca histórica na região que vem afetando milhares de pessoas.
O Pará liderou o ranking de focos de calor na Amazônia Legal em outubro, com 41,5% do total, seguido pelo Maranhão (15,6%). Em terceiro lugar está o Amazonas (14,1%), onde a fumaça procedente do alto número de incêndios florestais continua encobrindo partes de Manaus.
No último dia 13, a capital decretou estado de mobilização em meio aos ricos à saúde.
A porta-voz do Greenpeace Brasil, Cristiane Mazzetti, explica que, neste ano, o verão amazônico foi potencializado pelo fenômeno climático El Niño, aumentando o período de seca e altas temperaturas no bioma. Ela ressalta, no entanto, que muitas áreas também foram queimadas como para a reforma de lavouras e pastagens.
“O mês de outubro é um novo lembrete para que governos ajam rapidamente e com mais ambição, seja em ações emergenciais, ações para prevenção e controle dos incêndios e desmatamento e nas políticas de adaptação às mudanças climáticas”, afirma Mazzetti, reforçando que o desmatamento é a principal fonte de emissões de gases do efeito estufa no Brasil.
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