Foto: Luiza Moraes/COB
O jogo foi difícil, mas Ana Patrícia e Duda não se
amedrontaram. Depois de virar sobre as canadenses Brandie e Melissa no primeiro
set, as brasileiras acabaram se desestruturando na segunda parcial, mas
voltaram entrosadas no tie-break e conquistaram o ouro olímpico, com a vitória
por 2 sets a 1 sobre as adversárias, com parciais de 26/24, 12/21 e 15/10. A
dupla quebrou um jejum de 28 anos de ouro para o vôlei de praia feminino do
Brasil.
As canadenses entraram em quadra confiantes, mostrando maior volume de jogo. Sem deixar a bola cair, Melissa e Brandie abriram seis pontos de vantagem: 8 a 2. Duda e Ana Patrícia cometeram alguns erros importantes, mas surpreenderam as adversárias quando conseguiram se acertar em quadra. Ana chegou a salvar uma bola com a cabeça, até a virada chegar em 18 a 17. O set se estendeu bastante, disputado ponto a ponto. A vitória veio com uma demonstração de talento de Duda, que passou de manchete e surpreendeu as adversárias em 26 a 24.
As canadenses voltaram à areia para o "tudo ou nada". Com constante troca de pontos entre as duplas, Melissa conseguiu crescer na partida com ótimas bolas de segunda. Com tranquilidade e se aproveitando do momento de instabilidade de Ana e Duda, abriram sete pontos de vantagem: 18 a 11, até fechar em 21 a 12.
No tie-break, as brasileiras precisaram trabalhar o mental e lembrar do porquê de serem consideradas a dupla número 1 do mundo. Foi exatamente o que fizeram. Ignorando completamente a derrota pesada da parcial anterior, abriram três pontos de vantagem logo no início: 5 a 2. A partir daí, tiveram paciência para administrar o restante do jogo. Foi a vez das canadenses se abalarem e reclamarem com o árbitro sobre o olhar de Ana. O dj entrou na história e, sabiamente, tocou "Imagine" de John Lennon, para acalmar os ânimos. As jogadoras acabaram rindo com a situação e o clima melhorou em quadra. Sem se abalar, a dupla seguiu rumo à vitória. Duda fez o ponto do ouro e encerraram um jejum de 28 anos para o vôlei de praia feminino do Brasil, em 15 a 10.
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