Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Arquivo/Agência Brasil
A Agência Nacional
de Energia Elétrica (Aneel) manteve a bandeira verde em setembro para todos os
consumidores conectados ao Sistema Interligado Nacional (SIN). Com a decisão,
não haverá cobrança extra na conta de luz pelo quinto mês seguido.
A conta de luz está
sem essas taxas desde o fim da bandeira de escassez hídrica, que durou de
setembro de 2021 até meados de abril deste ano. Segundo a Aneel, na ocasião, a
bandeira verde foi escolhida devido às condições favoráveis de geração de
energia.
Caso houvesse a
instituição das outras bandeiras, a conta de luz refletiria o reajuste de até
64% das bandeiras tarifárias aprovado no fim de junho pela Aneel. Segundo a
agência, os aumentos refletiram a inflação e o maior custo das usinas
termelétricas neste ano, decorrente do encarecimento do petróleo e do gás
natural nos últimos meses.
Bandeiras Tarifárias
Criadas em 2015
pela Aneel, as bandeiras tarifárias refletem os custos variáveis da geração de
energia elétrica. Divididas em níveis, as bandeiras indicam quanto está
custando para o SIN gerar a energia usada nas casas, em estabelecimentos
comerciais e nas indústrias.
Quando a conta de
luz é calculada pela bandeira verde, significa que a conta não sofre qualquer
acréscimo. Quando são aplicadas as bandeiras vermelha ou amarela, a conta sofre
acréscimos, que variam de R$ 2,989 (bandeira amarela) a R$ 9,795 (bandeira
vermelha patamar 2) a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Quando a
bandeira de escassez hídrica vigorou, de setembro de 2021 a 15 de abril deste
ano, o consumidor pagava R$ 14,20 extras a cada 100 kWh.
O Sistema
Interligado Nacional é dividido em quatro subsistemas: Sudeste/Centro-Oeste,
Sul, Nordeste e Norte. Praticamente todo o país é coberto pelo SIN. A exceção
são algumas partes de estados da Região Norte e de Mato Grosso, além de todo o
estado de Roraima. Atualmente, há 212 localidades isoladas do SIN, nas quais o
consumo é baixo e representa menos de 1% da carga total do país. A demanda por
energia nessas regiões é suprida, principalmente, por térmicas a óleo diesel.
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