A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)
aprovou oito novos testes de coronavírus. Os produtos são para uso profissional
durante a triagem e diagnóstico da doença. A medida será publicada no Diário
Oficial da União desta quinta-feira (19).
Os produtos estão divididos em dois grupos, os que usam
amostras de sangue, soro ou plasma (6 deles) e os que retiram material das vias
respiratórias (2). Os resultados deverão ser interpretados por um médico e com
o auxílio de dados clínicos e laboratoriais.
De acordo com a agência, a oferta e produção dos kits
dependerá da capacidade de cada empresa que recebeu o registro.
Situação
dos testes no Brasil
Nesta terça-feira (17), o Ministério da Saúde admitiu a falta de testes para
confirmação do coronavírus no Brasil e no mundo. Como resposta à demanda, a
Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) entregou 5,5 mil testes e promete 40 mil extras
em abril, além dos outros 30 mil já disponibilizados no início deste mês. A
soma passa de 75 mil.
"A Fiocruz já se comprometeu em aumentar a
produção. Hoje entregou 5,5 mil testes e ela se comprometeu já em abril a fazer
uma entrega de 40 mil. E também se comprometeu ao longo dos próximos três,
quatro meses, produzir mais de 1 milhão de testes", disse Júlio Croda,
diretor do departamento de Vigilância em Saúde.
Os testes produzidos pela Fiocruz são do tipo PCR. O
tipo já estava aprovado no Brasil e precisa de uma estrutura e um tempo maior
para o resultado. Os kits liberados pela Anvisa nesta quarta-feira serão
rápidos, para que as pessoas possam fazer e começar imediatamente em
isolamento.
PCR
A infectologista Tânia Vergara, da Sociedade de Tecnologia do
Estado do Rio de Janeiro, explica que o teste do tipo PCR, o mesmo distribuído
pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e feito pelo SUS nos laboratórios de
referência, é o "padrão ouro". Ela defende que seja feito sempre para
confirmação da doença.
"Eles pegam o genoma do
vírus, sequenciam, tiram um pedacinho da sequência e quando você coloca na
presença do vírus, ele sinaliza", explica.
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