A diretoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa) aprovou hoje (28) a aplicação de testes rápidos para a detecção do
novo coronavírus (covid-19) em farmácias. Com a decisão, a realização deixará
de ser feita apenas em ambiente hospitalar e clínicas das redes públicas e
privadas.
“O aumento [dos testes] será uma
estratégia útil para diminuir a aglomeração de indivíduos [em hospitais] e
também reduzir a procura dos serviços médicos em estabelecimento das redes
públicas”, disse o diretor presidente substituto da Anvisa, Antonio Barra
Torres.
As farmácias não serão obrigadas a disponibilizar o teste. O
estabelecimento que optar pelo procedimento deverá ter profissional qualificado
para realizar do exame.
A realização dos exames não servirá para a contagem de casos do
coronavírus no país. Em seu voto, Barra Torres, que foi o relator do processo,
destacou ainda que o teste não terá efeito de confirmação do diagnóstico para o
coronavírus, uma vez que há a possibilidade de o teste apontar o chamado “falso
negativo”, quando o paciente é testado ainda nos primeiros dias de sintomas.
“Os testes imunocromatográficos não
possuem eficácia confirmatória, são auxiliares. Os testes com resultados
negativos não excluem a possibilidade de infecção e os positivos não devem ser
usados como evidência absoluta de infecção, devendo ser realizados outros
exames laboratoriais confirmatórios”, disse.
A liberação dos testes rápidos em farmácias enfrentava resistências,
devido a questões sanitárias e ligadas também à eficácia dos exames. Ao
comentar a aprovação da realização dos testes em farmácias, Barra Torres
lembrou que esses testes vêm sendo feitos por determinação de alguns governos
locais.
A liberação desses testes será temporária e deve permanecer no período de
emergência de saúde pública nacional decretado pelo Ministério da Saúde em 4 de
fevereiro deste ano.
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