Andriy Onufriyenko/Getty Images
Por unanimidade, a
Diretoria Colegiada da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária)
aprovou nesta quinta-feira (13) o uso emergencial do coquetel de anticorpos
monoclonais contra a Covid-19 produzido pela Farmacêutica Eli Lilly.
O medicamento é
produzido a partir da combinação dos anticorpos banlanivimabe e etesevimabe e
tem ação direta na proteína Spike, parte do vírus responsável pela
entrada do SARS-CoV-2 na célula humana.
O uso é recomendado
para pessoas infectadas acima de 12 anos, com mais de 40kg, que apresentem
exame PCR positivo e que tenham alto risco de desenvolver a forma grave da
doença.
De acordo com
estudos clínicos, o medicamento apresenta uma redução de risco de
hospitalização de cerca de 70%. Mas, o coquetel não pode ser aplicado em
pacientes hospitalizados e que necessitem da suplementação de oxigênio. O
remédio não será comercializado em farmácias e só poderá ser aplicado em
hospitais com prescrição médica.
Segundo o
gerente-geral de Medicamentos e Produtos Biológicos da Anvisa, Gustavo Mendes o
coquetel não tem eficácia testada clinicamente contra a variante brasileira.
“Não há eficácia
clínica contra a variante P.1 (brasileira). Essa informação foi muito
discutida, já que é uma variante significativa na nossa realidade. Como esse
produto mostrou um desfecho de eficácia favorável para reduzir as
hospitalizações. Identificamos que é um ponto de análise, mas ainda tem o
benefício plausível”, explicou Mendes.
O diretor da Anvisa
afirmou, ainda, que o medicamento deve ser usado com cautela por mulheres
grávidas e lactantes, já que ainda não existem resultados dos ensaios clínicos
sobre os efeitos nesse público específico.
A FDA (autoridade
sanitária dos Estados Unidos) e a EMA (agência europeia) já aprovaram o uso
emergencial da combinação do bamlanivimabe e o etesevimabe.
O medicamento da
farmacêutica Lilly é o terceiro aprovado no território brasileiro. Os outros
dois são: reng-CoV2, em 20 de março, e remdesivir, no dia 12 de março deste
ano.
>>>PARTICIPE DO GRUPO DE NOTÍCIAS NO WHATSAPP.
DEIXE UM COMENTÁRIO
Facebook