Anvisa e Butantan acertam detalhes finais sobre a CoronaVac

07/01/2021 - 13h08

Representantes do Instituto Butantan e técnicos da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) vão se reunir às 18h desta quarta-feira (7) para tratar da pré-submissão do pedido de autorização de uso emergencial da CoronaVac.

Será a segunda reunião entre eles no dia de hoje. Mais cedo, a agência recebeu dados de eficácia da fase 3 de testes clínicos, coordenados pelo Butantan com cerca de 12 mil voluntários no Brasil.

No entanto, ainda não há definição de o pedido de uso emergencial será formalizado hoje.

As informações apresentadas pelo Instituto Butantan e pelo governo de São Paulo mais cedo mostram uma taxa de eficácia de 78% da CoronaVac. Significa que em 100 voluntários vacinados, apenas 22 desenvolveram formas leves da covid-19.

Nenhum caso grave ou moderado foi registrado, tampouco internações. Os efeitos adversos ocorreram entre 13% e 38% dos vacinados.

Uma vez oficializada a solicitação de uso emergencial, a Anvisa tem um prazo de até dez dias para dar um parecer. Esta modalidade não permite, por exemplo, a vacinação em massa.

A vacina deve ser destinada a grupos prioritários específicos, que continuarão sendo monitorados.

O pedido de registro sanitário da CoronaVac, que é o mais abrangente, ainda não foi feito à agência. Segundo o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, isto deve ser requerido pela Sinovac Biotech, empresa chinesa desenvolvedora do produto após a consolidação dos dados de outros centros de testes na Turquia e Indonésia, além da China.

Covas também afirmou que a CoronaVac é uma das vacinas mais seguras que existem e que cerca de 700 mil pessoas já receberam esse imunizante na China sem qualquer efeito adverso significativo.

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