A Agência Nacional
de Vigilância Sanitária (ANVISA) se reúne nesta quinta-feira (21) com
representantes da farmacêutica União Química, responsável pela produção da
Sputnik V na América Latina, para discutir o pedido de uso emergencial do
imunizante russo no país.
O encontro está
previsto para o fim da tarde. Segundo a CNN, a expectativa da companhia é
a de que a reunião elucide as questões que estão em aberto sobre a vacina da
Rússia.
A União Química tem
apostado na aprovação e utilização do imunizante em outros países para
conseguir o aval no Brasil. A avaliação que será levada à agência é a de que,
diante do recrudescimento da pandemia no país e com quantidade insuficiente de
doses das vacinas já disponíveis e autorizadas, a companhia brasileira tem
capacidade de suprir tal demanda –seja com a importação de doses prontas ou com
a produção no país.
Na sexta-feira
(15), a companhia e o Fundo de Investimentos Diretos da Rússia (RDIF), que
financia a produção do imunizante, solicitaram à Anvisa o uso emergencial de 10
milhões de doses da vacina. No dia seguinte, a agência reguladora informou, por
meio de nota, que não poderia dar prosseguimento ao pedido, porque os
documentos não apresentaram “requisitos mínimos para submissão e análise” do
órgão.
No comunicado, a
Anvisa disse que o “pedido foi restituído à empresa por não atender os
critérios mínimos, especialmente pela falta de autorização para a condução dos
ensaios clínicos fase 3, a condução em andamento no país e questões relativas
às boas práticas de fabricação”.
No fim de dezembro,
a União Química pediu autorização da Anvisa para os testes no Brasil. O aval
também depende que a farmacêutica faça uma complementação aos documentos
apresentados. Segundo a agência, não basta o pedido de autorização de estudo
clínico de fase 3 ser protocolado para solicitar o uso emergencial.
“É necessário
que tais estudos estejam em andamento no país, além de outras medidas
condicionantes já previstas.”
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