Meiruze Freitas coloca que é preciso tomar medidas para diminuir impacto do coronavírus
A diretoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) por
unanimidade de votos neste domingo (17) aprovou o uso emergencial das vacinas
Coronavac e da Universidade de Oxford contra a Covid-19. Os cinco diretores
votaram a favor.
Os diretores acompanharam o voto de Meiruze Freitas, relatora dos pedidos. No caso da Coronavac, a diretora condicionou a aprovação à assinatura de termo de compromisso e publicação em "Diário Oficial". A decisão da Anvisa deste domingo passa a valer a partir do momento em que houver a comunicação oficial ao laboratório. Ela será publicada no portal da Anvisa, no extrato de deliberações da Diretoria.
"Quanto à vacina Coronavac, desenvolvida pelo instituto Butatan, voto pela aprovação temporária do seu uso emergencial condicionada a termo de compromisso e subsequente publicação de seu extrato no DOU. Quanto à vacina solicitada pela Fiocruz, voto pela aprovação temporária de seu uso emergencial referente a 2 milhões de doses", posicionou-se Meiruze Freitas
Eficácia das vacinas
Segundo Leonardo
Filho, estatístico da Anvisa, a eficácia da Coronavac é de 50,4%, em percentual
arredondado. Segundo o gerente de Medicamentos, Gustavo Mendes, a eficácia da
vacina de Oxford é de 70,42%.
Durante apresentação dos dados, Gustavo Mendes informou ainda que a área técnica da Anvisa recomendou a aprovação do uso emergencial das duas vacinas, "condicionada ao monitoramento das incertezas e reavaliação periódica". Mendes também ressaltou que há aumento no número de casos e ausência de alternativas terapêuticas.
O pedido sobre a Coronavac foi apresentado em 8 de janeiro pelo Instituto Butantan e é referente a 6 milhões de doses importadas, produzidas pela farmacêutica chinesa Sinovac. O Butantan também desenvolve a vacina no Brasil.
O pedido sobre a vacina de Oxford foi apresentado em 8 de janeiro pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e é referente a 2 milhões de doses importadas do laboratório Serum, da Índia, que produz a a vacina desenvolvida pela universidade do Reino Unido e pelo laboratório AstraZeneca. A Fiocruz também desenvolve a vacina no Brasil.
O voto da relatora
Durante o voto, a
relatora destacou que o Brasil responde por 10% das mortes registradas no mundo
por Covid-19 e lembrou que não há alternativa terapêutica para combater a
doença.
“Até o momento não contamos com alternativa terapêutica aprovada para prevenir ou tratar a doença causada pelo novo coronavírus. Assim, compete a cada um de nós, instituições públicas e privadas, sociedade civil e organizada, cidadão, cada um na sua esfera de atuação tomarmos todas as medidas ao nosso alcance para no menor tempo possível diminuir o impacto sobre a vida do nosso país”, justificou a relatora.
>>>Clique e receba notícias do JRTV Jornal Regional diariamente em seu WhatsApp.
DEIXE UM COMENTÁRIO
Facebook