Representantes da
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), do laboratório indiano
Bharat Biotech, da empresa brasileira Precisa Farmacêutica e do Instituto
Albert Einstein se reuniram nesta quinta-feira (4) para discutir os
requisitos para que a vacina indiana Covaxin, contra covid-19, possa
ser utilizada no Brasil.
A reunião foi
divulgada pela Anvisa, que disse tirar “todas as dúvidas dos envolvidos
para auxiliar no andamento do processo”.
A agência
apresentou às empresas responsáveis dois caminhos: o pedido de autorização para
a realização de testes clínicos no Brasil, em busca de um registro
definitivo; ou a apresentação de resultados de estudos da fase 3
realizados em outros países, que pode levar ao aval para o uso emergencial da
vacina.
Em relação ao uso
emergencial, contudo, a Anvisa destacou que “a decisão sobre como e quando será
feito o pedido é exclusiva da empresa”.
Nesta semana,
cinco técnicos da Anvisa inspecionam as instalações da Bharat Biotech
na Índia. Caso atenda a uma série de critérios, a empresa receberá um
Certificado de Boas Práticas de Fabricação, documento necessário para que a
vacina desenvolvida pela empresa possa ser utilizada no Brasil.
Na semana passada,
o governo anunciou ter assinado um contrato para a compra de 20
milhões de doses da Covaxin, com entrega prevista entre março e maio. A
utilização do imunizante, contudo, depende da autorização da Anvisa.
Até o momento,
somente duas vacinas possuem autorização para uso emergencial no Brasil: a
Coronavac, da chinesa Sinovac e produzida no país pelo Instituto Butantan; e a
vacina Covishield, desenvolvida pela empresa AstraZeneca em parceria com a
Universidade de Oxford, que é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz
(Fiocruz).
Apenas uma vacina
recebeu registro definitivo da Anvisa até o momento, o imunizante desenvolvido
pela norte-americana Pfizer.
Eficácia
Na quarta-feira
(3), o Bharat Biotech divulgou os resultados clínicos de estudos da
fase 3, segundo os quais a Covaxin possui eficácia de 81% contra a contaminação
por covid-19. A Covaxin é aplicada em duas doses, a partir de vírus inativado e
pode ser armazenada em temperaturas que variam de 2ºC a 8ºC, de acordo com a
fabricante. O imunizante é um dos dois que foram aprovados para uso emergencial
pelo governo indiano.
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