O leite materno é um recurso natural que oferece todos os
ingredientes necessários até os seis meses de vida do bebê. Além disso,
amamentar a criança até os dois anos ajuda no desenvolvimento do sistema
imunológico, e, também, é responsável por prevenir doenças e fortalecer os
vínculos entre mãe e filho. Janine Ginani, coordenadora da Saúde da Criança do
Ministério da Saúde, reforça a importância de começar a amamentação na fase
inicial da vida para reduzir a mortalidade infantil por causas evitáveis em
crianças menores de cinco anos.
“O aleitamento tem várias evidências científicas que demonstram a sua
eficácia para combater várias doenças prevalentes na infância. Amamentar evita
a mortalidade infantil, além de tudo evita questões que são recorrentes e que
podem levar a mortalidade, como a diarreia e infecções respiratórias. Ela tem
um impacto muito positivo na redução de alergias, isso tudo no contexto da
criança, diz Janine Ginani – Coordenadora da Saúde da Criança."
Um estudo publicado em 2016 pela revista The Lancet mostrou que 823 mil
mortes de crianças e de 20 mil mães poderiam ser evitadas por meio da
amamentação em 75 países de baixa e média renda. Atualmente, apenas 38% dos
bebês são alimentados exclusivamente pelo leite materno até os seis meses de
vida, e só 32% continuam amamentando até os 24 meses. Alice Medeiros,
consultora nacional de Alimentação e Nutrição da Organização Pan-Americana da
Saúde, esclarece sobre as metas globais de nutrição.
“Em 2012, na Assembleia Mundial da Saúde foi pactuado o que a gente chama
de metas globais para nutrição até 2025, umas delas é um aleitamento materno
até os seis meses de 50% das crianças. Então, a gente espera que os países
membros atinjam essa meta de crianças amamentadas até os seis meses. ”
“Tem os dez passos que foram reatualizados no começo de 2018, que são
orientações para que os serviços de saúde saibam lidar e tratar, e que tenham
normas específicas de como orientar, proteger e promover esse aleitamento
materno, que vai desde orientar os pais quanto ao aleitamento materno exclusivo
até os seis meses, até orientar os profissionais de como lidar com essa
família.”
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