Ricardo Duarte/Internacional
Não foi uma atuação
de luxo, mas o segundo tempo mostrou que o Inter que encantou no início do ano
ainda existe. Pressionado, o time saiu atrás, mas mostrou força para vencer a
desconfiança da arquibancada e ganhar do Bahia por 2 a 1 no chuvoso sábado. Mérito
de Eduardo Coudet, que deixou de lado a convicção para alterar a estratégia em
busca dos três pontos. O técnico encontrou uma forma para minimizar a tensão
que pairava o Beira-Rio.
Quem diria que Chacho, sempre abraçado ao 4-1-3-2, abriria mão. Pois o argentino o fez. Após um primeiro tempo de pouca criatividade, alterou a formação tática para o 4-3-3, com as entradas de Mercado, Bruno Henrique e Wesley nas vagas de Thiago Maia, Bruno Gomes e Lucca, respectivamente.
A audácia do treinador mostra que o Inter tem qualidade para alcançar os objetivos e surpreender os adversários. Wesley incomodou a defesa de Rogério Ceni a cada avanço. Acabou coroado com o gol de empate, após lateral cobrado por Renê, aos 27 minutos da etapa final, três depois de Biel abrir o placar.
As escolhas de Coudet voltariam a surtir efeito 10 minutos depois. Bruno Henrique cobrou o escanteio na cabeça de Fernando, que voltou a ser volante no segundo tempo depois de iniciar a partida como zagueiro, para estufar as redes de Marcos Felipe.
Acertos do técnico, que precisava dar uma resposta às arquibancadas. Coudet foi o mais vaiado entre os colorados no anúncio da escalação. Uma clara resposta à inconformidade que tomou conta pelos quatro empates seguidos, com direito à eliminação na semifinal do Gauchão e o desempenho muito abaixo contra o Real Tomayapo pela Sul-Americana.
Durante a partida, caminhava de um lado a outro, gesticulava e fazia as tradicionais caretas. Conseguiu o resultado positivo para diminuir a pressão da torcida, apesar de o respaldo da direção ter sido inabalado mesmo com os insucessos.
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