Depois de suspender
por dois meses, o governo federal autorizou nesta segunda-feira (1), reajuste
de até 5,21% nos preços de medicamentos para 2020. O aval para o aumento foi
publicado em edição extraordinária do Diário Oficial da União (DOU),
em decisão da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) e as
empresas já podem aplicá-lo. “As empresas produtoras de medicamentos poderão
ajustar os preços de seus medicamentos em 31 de maio de 2020, nos termos desta
resolução”, diz o ato.
O reajuste dos
preços dos remédios é definido pela CMED em março de cada ano, passando a valer
a partir de 1º de abril. Neste ano, no entanto, governo e indústria
farmacêutica fizeram um acordo para adiar a correção por 60 dias, dentro do
conjunto de ações para atenuar os efeitos econômicos do novo coronavírus no
país.
A suspensão do
reajuste foi formalizada pela Medida Provisória 933/2020, editada no fim de
março e que aguarda votação no Congresso. A Câmara deve votar a MP ainda esta
semana.
Pela resolução da
CMED publicada no Diário Oficial, o reajuste máximo permitido para
este ano será aplicado em três faixas, de 5,21%, 4,22% e 3,23%, a depender do
tipo de medicamento.
O teto do aumento
autorizado para 2020 é superior ao do ano passado, que foi de 4,33%, e ao
Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) divulgado pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 11 de março de 2020, que
acumulou 4,01% no período entre março de 2019 e fevereiro de 2020.
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