Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O ministro da
Economia, Paulo Guedes, disse nesta quinta-feira (18) que recebeu uma pista
sobre um possível investimento de um grupos dos
Emirados Árabes Unidos que estaria interessado em comprar dois clubes de
futebol do Brasil.
Guedes esteve na
comitiva do presidente Jair Bolsonaro que também visitou o Catar e o Bahrein.
“Ao final da nossa visita, recebemos uma pista, uma insinuação, de que vem mais US$ 10 bilhões de investimentos porque estamos modernizando o nosso parque. Vão investir em estradas, campos de petróleo e até em clubes de futebol”, afirmou Guedes, em discurso no evento de 29 anos da SPE (Secretaria de Política Econômica) da pasta.
O ministro citou de maneira equivocada o Manchester United, clube inglês que não pertence aos árabes, mas sim à família Glazer, de norte-americanos. Guedes provavelmente queria se referir à recente compra do Newcastle pelo príncipe Mohammed bin Salman, da Arábia Saudita.
Após a aquisição do
time inglês, circularam boatos de que o fundo saudita teria interesse em
comprar o francês Olympique de Marselha, a italiana Internazionale (que
atualmente está nas mãos de um grupo chinês) e ainda um time brasileiro.
“Eles compraram o Manchester
United, levaram o Cristiano Ronaldo, e eu pensei: ‘Vem ser sócio do Flamengo’.
E aí tinha outro lá do lado vascaíno que falou: ‘Não, vem para o Vasco’. Eu
falei que (se for para o Vasco) vai perder dinheiro. E tinha outro palmeirense
que falou para comprar o Palmeiras. Eles anunciaram que vão comprar dois times,
estão examinando. Então eles vêm. Isso ontem e antes de ontem na viagem”,
acrescentou Guedes.
Aquisição de
clubes brasileiros
Um passo importante
foi dado este ano para que times de futebol brasileiros possam ser adquiridos
por grupos econômicos brasileiros ou estrangeiros, com a aprovação pelo
Congresso Nacional da lei que cria a figura da Sociedade Anônima do Futebol
(SAF). O clube original deverá manter ações especiais com direito a veto sobre
mudanças de símbolos do time, venda de imóveis e outras decisões.
“Estava três ou
quatro dias atrás, nos Emirados Árabes observando os petrodólares. Construíram
uma imensa riqueza no deserto reciclando os petrodólares. Toda vez que há um
choque de petróleo esses petrodólares são reciclados. É uma imensa riqueza em
cima de um monte de areia. Criaram cidades, mas está sobrando dinheiro. Ao
invés de reciclarem como nos anos 70 e 80 na forma de empréstimos, estão
reciclando como investimentos”, completou Guedes.
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