A Argentina proibiu
todas as vendas de passagens aéreas comerciais até setembro, numa das mais
duras restrições de viagens no mundo em razão do coronavírus. O setor de
aviação alertou que a medida pressionará companhias aéreas e aeroportos.
Enquanto as
fronteiras do país estão fechadas desde março, o novo decreto vai além,
proibindo até 1º de setembro a compra e venda de voos comerciais a partir, com
destino, ou dentro da Argentina. O decreto, assinado nessa segunda-feira (27)
pela Administração Nacional de Aviação Civil, diz que "foi entendido como
razoável" implementar as restrições.
Muitos países da
América do Sul, incluindo Equador, Peru e Colômbia, têm proibido todos os voos
comerciais por enquanto, mas nenhum estendeu a restrição de forma tão longa
quanto a Argentina. Estados Unidos, Brasil e Canadá impuseram restrições, mas
não proibições.
"O problema
era que as companhias aéreas estavam vendendo passagens sem terem autorização
de viajar para solo argentino", disse um porta-voz do presidente Alberto
Fernandez.
A proibição
pressiona a Latam, que tem importante operação doméstica na Argentina e tem
buscado ajuda de vários governos. A maior companhia local, a Aerolineas
Argentinas, é estatal e pode sobreviver enquanto o governo estiver disposto a
subsidiá-la.
A proibição também
afetaria companhias menores e de baixo custo, que cresceram rapidamente no país
com o apoio do ex-presidente Mauricio Macri, como a FlyBondi, no mercado
interno, e SkyAirlines e JETSmart, que voam internacionalmente.
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