
Imagens: Arquivo Pessoal
No dia 15 de dezembro, também comemorado o dia do arquiteto, a arquiteta Marina Meneguzzi Baldissera foi premiada com o quinto lugar na 8ª Premiação Acadêmica do CAU SC, que escolheu os melhores trabalhos de conclusão de curso de 2020/2021 do estado. A cerimônia de premiação aconteceu no Palácio Cruz e Souza, em Florianópolis. Marina participou do concurso com o TCC intitulado “Mercado Criativo: hub de cultura e criação em São Miguel do Oeste”.
O trabalho trata-se de projeto de um hub voltado a atividades culturais e da economia criativa, orientado pelo arquiteto Rudivan Cattani, que foi defendido em julho de 2020 pela Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul). Em função da pandemia, o concurso não havia sido realizado em 2020 e, neste ano, concorreram trabalhos do ano passado e de 2021.
Atualmente, a arquiteta é sócia do escritório Baldissera
& Maschio Arquitetos Associados, que trabalha com projetos de arquitetura e
interiores, além de execução, nas cidades de Brusque, Balneário Camboriú e
região.
Sobre o projeto:
A proposta, a ser viabilizada por meio de uma iniciativa
público-privada, entre município e empresas locais, visa criar espaços de
trocas, trabalho, criação e aprendizado, conectando atividades criativas,
evidenciando a cultura, abrindo-se para áreas públicas em seu entorno e criando
visibilidade aos usuários. Um hub consiste em uma peça concentradora, produtora
e disseminadora da informação e de ideias. O edifício, localizado no centro do
município, em dois lotes privados nas esquinas onde se cruzam as ruas XV de
Novembro, La Salle e Santos Dumont, visa permitir o acesso, a discussão e a
produção de bens culturais.
O projeto permite a criação de um equipamento de uso
constante da população do município, com foco em indivíduos ligados à produção
de bens criativos. Para isso, a edificação foi pensada de forma dinâmica, além
de acessível e aberta a todos, adequando-se às necessidades cotidianas e
gerando maior interação entre comunidade local e o espaço criado. Compõe o
edifício, espaços como midiateca, auditório, incubadoras para empresas voltadas
à economia criativa, salas de reunião, laboratórios, espaços de exposição e
salas comerciais.
A área apresenta grande potencial para a vitalidade da
cidade, estando próxima a outros equipamentos e pontos de interesse, como a
Praça Central Walnir Botaro Daniel e a Igreja Matriz São Miguel Arcanjo -
também potenciais visuais do terreno. Pelo fato de se situar ao lado destes,
pode configurar-se como um eixo de conexão de equipamentos de diferentes usos
para a população. A inserção de um hub no lote, que é de fácil acesso e
conexão, visa a atender a diversos bairros do município, abrindo as portas para
o uso constante da população.
O conceito do projeto parte da ideia de transformar o térreo
em extensão da rua e da cidade, criando um edifício permeável e que contrasta
com a maioria das edificações do entorno, que ocupam a totalidade do lote e não
apresentam fluidez de espaços. O térreo livre torna, dessa forma, o terreno uma
extensão da rua, uma praça, onde é possível contemplar o espaço, parar para
tomar um café e almoçar, aproveitar as lojas ou apenas cruzar o terreno,
conectando-se com equipamentos vizinhos.
Dessa maneira, a premissa básica do projeto são as conexões, tanto físicas quanto visuais. O edifício insere-se de forma harmoniosa com a paisagem e o entorno, criando relações positivas para a cidade. O intuito do hub de cultura e criação é, portanto, aproximar, conectar e envolver o público e a população da cidade.
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