As atividades laborais no sistema prisional catarinense
serão retomadas na próxima segunda-feira, 15. A Portaria autorizando a volta do
funcionamento das oficinas e fábricas nas unidades prisionais, publicada no
Diário Oficial do Estado, determina uma série de normas de segurança a fim de
minimizar os riscos de contágio por coronavírus. O documento foi construído a
partir de debates entre representantes do sistema prisional, do Grupo de
Monitoramento de Fiscalização (GMF) do Tribunal de Justiça (TJSC) e do Ministério
Público (MPSC).
Dentre as exigências feitas às empresas conveniadas e que funcionam dentro
das unidades prisionais está previsto o distanciamento de 1,5 metro entre os
reeducandos, além do fornecimento de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs)
e a desinfecção constante das oficinas e áreas de circulação comuns. A empresa
também deverá fornecer termômetros digitais com infravermelho para aferição da
temperatura corporal dos internos e disponibilizar uma série de outras
ferramentas para a higienização das mãos, roupas e calçados.
O secretário de Estado da Administração Prisional e Socioeducativa (SAP),
Leandro Lima, destaca que o retorno das atividades se dará de forma gradual,
obedecendo a uma série de regras de segurança. “Estamos diante de uma nova
realidade. O trabalho precisa ser retomado, pois ele é fundamental para a
reabilitação social e econômica do apenado, além de ser uma estratégia de
segurança”.
A retomada do trabalho nas unidades prisionais deverá começar com apenas
25% do total de apenados que já trabalhavam na oficina. Desta forma será
possível respeitar a distância adequada determinada pela Vigilância Sanitária.
Nas unidades onde há trabalho com agricultura e produção de alimentos não
haverá redução no número de apenados trabalhando. Neste primeiro momento voltam
a trabalhar os internos que não fazem parte de grupos de risco (pessoas com
mais de 60 anos ou que tenham doenças respiratórias crônicas, cardiopatias,
diabetes ou outras enfermidades que afetam o sistema imunológico).
“Com essa nova rotina temos que aumentar os procedimentos de sanitização
de todas as áreas”, afirma o secretário Leandro Lima. “Uma equipe da SAP
inclusive desenvolveu um manual de desinfecção específico para a sanitização
das unidades prisionais que, por suas características, exigem procedimentos
diferenciados de higienização”.
A capacidade de operação será aumentada, dependendo da forma como se dará
evolução da pandemia no Estado.
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