O governo federal já processou 96,9 milhões de cadastros
inscritos no programa de auxílio emergencial de R$ 600 e rejeitou o pagamento para
32,8 milhões de pessoas. Segundo o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, os
CPFs dessas pessoas foram analisados pelo sistema e considerados inelegíveis,
segundo as regras do programa.
“São pessoas que não tinham, perante a legislação, a habilitação. Isso
demonstra claramente que houve as tentativas de burla à legislação, e isto
acabou dificultando a rapidez da análise daqueles que tinham direito”, afirmou
nesta quinta-feira (30) o ministro em coletiva de imprensa para o enfrentamento
à pandemia do novo coronavírus, no Palácio do Planalto.
O auxílio emergencial foi um programa aprovado pelo Congresso
Nacional para assegurar o pagamento de uma renda básica no valor R$ 600 a
trabalhadores informais, autônomos e sem renda fixa, durante três meses, por causa
dos efeitos da pandemia.
Segundo Lorenzoni, até esta quinta-feira o governo terá concluído a
análise de todos os cadastros feitos até o dia 26 de abril. Está previsto, na
próxima semana, o pagamento a mais 5 milhões de pessoas que tiveram o auxílio aprovado
nos últimos dias.
O ministro também informou que cerca de 13,6 milhões de cadastros ainda
não tiveram a análise concluída porque o sistema acusou duplicidade de
informações, que é quando mais de um membro da mesma família realiza o cadastro
no programa.
“Nós temos CPFs inconclusos. [O problema] pode estar na composição
familiar, onde o pai registra uma família, a mãe registra a mesma família e nós
não podemos fechar porque precisamos ter clareza de quem é o cabeça desta
família”, explicou o ministro.
Nestes casos, o ministro recomenda que as famílias baixem a nova versão do
aplicativo e ajustem as informações. Para acelerar a análise, nos casos em que
uma mãe e um pai cadastraram uma mesma família, informando também o CPF dos
filhos, o sistema vai considerar como chefe dessa família a mãe, que é quem
poderá receber o recurso, se atendidos os requisitos do programa.
O Ministério da Cidadania informou que, até agora, cerca de 50 milhões de
pessoas foram consideradas elegíveis para o recebimento do auxílio emergencial.
O governo liberou, até agora, cerca R$ 123 bilhões em crédito extraordinário
para custear o programa.
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