O baixo nível do Rio Uruguai causado pela falta de chuvas
levou à suspensão de geração de energia elétrica na Foz do Chapecó e também
redução em outras hidrelétricas do Rio Uruguai, como a de Itá. Em Itá, que tem
potencia para 1.450 megawatts, com cinco turbinas de 290 megawatts, a geração
estava em 202 megawatts na manhã desta terça-feira. Menos de 20% da capacidade,
que é suficiente para atender mais de 40% da demanda em Santa Catarina. O
reservatório do lago de Itá estava em 58% da capacidade útil, que é o nível
onde é possível gerar energia.
A assessoria de imprensa da Foz do Chapecó Energia S.A, que fica no Rio Uruguai, entre Águas de Chapecó e Alpestre-RS, informou desde janeiro a hidrelétrica tem operado com uma das turbinas totalmente parada e as outras três ora operando com pouca geração ou então só compensando, ou seja, funcionando sem gerar energia e sem verter água.
O motivo
é que, nos últimos dois dias, por exemplo, o que chegava no lago era apenas 170
metros cúbicos por segundo, que eram liberados no vertedouro para manter o
mínimo de água no Rio Uruguai. Isso representa 170 caixas de água de mil
litros. Mas o Rio Uruguai normalmente tem uma vazão próxima de 800 metros por
segundo. Na enchente de 2014 chegou a 30 mil metros cúbicos por segundo.
Pelo menos
desde domingo não passava água pelas turbinas. Na manhã desta terça-feira, com
a chuva que está ocorrendo no estado, foi liberado um pouco mais de 300 metros
cúbicos por segundo. A hidrelétrica tem potencial de 855 megawatts, o que
representa 25% da demanda de Santa Catarina. Mesmo sem essa geração não há
risco de faltar energia pois ela é compensada com energia gerada em outras
regiões do país.
A liberação de
mais água nas turbinas, que também já havia sido solicitada pela Foz do Chapecó
para o Operador Nacional do Sistema, vai ajudar a passagem das balsas que
existem no rio Uruguai, ligando Santa Catarina com o Rio Grande do Sul. Em
Itapiranga a travessia até Barra do Guarita-RS não chegou a ser suspensa, mas precisa
de mais cuidado para não bater nas pedras.
Um dos
moradores da região, Clóvis Leandro de Moraes, disse que o rio está muito baixo
e em alguns pontos é possível fazer a travessia do rio a pé. De acordo com os
Bombeiros, a medição na régua que é utilizada para alertar sobre enchentes,
quando o rio sobe mais de 10 metros, estava em 36 centímetros na manhã desta
terça-feira. O normal é mais de um metro até 1,80 metro. Claro que isso é num
ponto específico e que há outros pontos mais profundos. Mas é o menor volume de
água deste verão, segundo os Bombeiros. A expectativa é que a chuva de hoje
possa amenizar a situação.
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